A partir do início da década de 2010 e nos anos seguintes, a cidade de Suzano era conhecida por suas ruas esburacadas e obras inacabadas. Nas redes sociais, memes ironizavam a situação.
Na época, a cidade ganhou o apelido de “Cidade dos Buracos”, tornando-se alvo de críticas e piadas entre moradores e internautas. As críticas eram feitas até por moradores de municípios vizinhos, situados na região do Alto Tietê.
A partir de 2017, no início do mandato do prefeito Rodrigo Ashiuchi, uma das primeiras prioridades de sua gestão foi a pavimentação e revitalização de vias, buscando recursos estaduais e federais para financiar as melhorias. Desde então, o município passou e vem passando por uma série de obras que alteraram a infraestrutura e a mobilidade urbana. Intervenções foram realizadas em diversas áreas, atingindo principalmente os bairros mais distantes da região central.
Entre as principais vias que receberam melhorias estão a Marginal do Una, o Trevo Dona Benta, o Terminal de Palmeiras, a Estrada Portão do Honda e a avenida Jorge Bey Maluf.
A transformação abrangeu bairros em todas as regiões da cidade. Na área norte, localidades como Cidade Miguel Badra, Jardim Dona Benta, Cidade Boa Vista, Jardim Revista e Jardim Varan foram contempladas.
Na região sul, os bairros Vila Fátima, Jardim Ikeda, Jardim Planalto, Parque Buenos Aires e Jardim Brasil também receberam serviços de pavimentação.
No centro expandido, áreas como Jardim Natal, Vila Urupês, Jardim Monte Cristo, Vila Maluf e Parque Maria Helena foram atendidas.
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“Quando assumimos a gestão, em 2017, nossa cidade tinha sérios problemas de mobilidade. Eu me refiro às condições das ruas e avenidas e às dificuldades que os motoristas que vivem na periferia tinham nos acessos do município. Em quase oito anos tivemos crescimento populacional e aumento no número de veículos em todas as regiões. Suzano passou quase uma década se preparando para isso, e hoje temos convicção de que a locomoção dentro da cidade teve um ganho significativo”, avaliou o prefeito Rodrigo Ashiuchi ao portal Hoje Diário.
Ao todo, mais de 350 quilômetros de vias foram pavimentadas ou recapeadas nas três regiões da cidade. Na região sul, 33 bairros receberam melhorias, somando 128,48 quilômetros de vias recuperadas. Na região norte, 17 bairros foram atendidos, com um total de 136,15 quilômetros de ruas revitalizadas.
Já no centro e centro expandido, 29 bairros foram beneficiados, totalizando 92 quilômetros de novas pavimentações.
O destaque do programa de mobilidade urbana foi a entrega da avenida Governador Mario Covas Júnior, a Marginal do Una. Após mais de 20 anos de abandono, a via foi finalizada e entregue à população em 19 de dezembro de 2019. A conclusão da Marginal foi um marco, pois conecta as regiões norte e sul de Suzano, desempenhando um papel essencial no controle do fluxo de veículos na malha viária central.
“É uma joia da nossa gestão. A Marginal do Una é uma das obras mais importantes da história da cidade. Quando chegamos, ela tinha trechos bloqueados com tubos de concreto que impediam a circulação de carros. A região norte é extremamente populosa, com diversos bairros. Estamos trabalhando para levar muitos serviços para lá, mas sabemos que, para algumas coisas, o morador ainda precisa se deslocar para o centro, que tem característica comercial. A região sul é muito produtora. Ou seja, a entrega desta via representa não só a facilidade de deslocamento para quem vive nas periferias e precisa atravessar a cidade, mas também um avanço logístico a longo prazo que abriu as portas para investimentos que recebemos posteriormente”, salientou o chefe do Poder Executivo.
Além da Marginal do Una, a prefeitura também realizou obras nas avenidas Vereador João Batista Fitipaldi e Francisco Marengo, além da Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31), que formam um corredor importante para a mobilidade entre as regiões. Atualmente, o Viaduto Leon Feffer está em processo de pavimentação, e sua conclusão será o fechamento desse ciclo de melhorias no sistema viário da cidade.
Além da pavimentação, a gestão também investiu na zeladoria da cidade, com mutirões de limpeza, capinação e manutenção de guias e bueiros. Esses trabalhos contribuíram não apenas para a melhoria estética da cidade, mas também para evitar enchentes em bairros historicamente afetados.
“Recolher resíduos das ruas foi um dos nossos maiores objetivos. Sempre pensamos em evitar que o lixo fosse para bocas de lobo e provocasse alagamentos. Sabemos da periodicidade necessária para este trabalho, mas pensamos além: em 2020, criamos a Operação Cata-Treco, que recolheu seis mil toneladas de inservíveis das casas. Esse material, se descartado incorretamente, poderia acarretar grandes problemas nas regiões periféricas. A iniciativa foi uma grande aliada durante a gestão e, com ela, conseguimos mitigar as chances de enchentes, principalmente em meses chuvosos”, finalizou Ashiuchi.