Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira (27), revelou que o desemprego no Brasil recuou atingindo o índice de 13,7% em junho, uma das menores marcas desde maio de 2020. A taxa é referente a junho, último mês do trimestre iniciado em abril. Em março, o desemprego era de 15,1% no país.
A pesquisa do Ipea mostrou que as contratações têm crescido em setores que empregam mais mão de obra informal, como o setor de construção, que teve uma alta de 19,6%; a agricultura (11,8%) e os serviços domésticos (9%).
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“Deu uma melhorada. É uma coisa que a gente já estava vendo no início do segundo trimestre. O desemprego está caindo porque a ocupação está crescendo. A ocupação está voltando e a gente está conseguindo uma redução do desemprego em um ambiente de aumento de PEA [População Economicamente Ativa]. Todas aquelas pessoas que saíram do mercado de trabalho por conta da pandemia estão voltando a procurar emprego. Mesmo com essa população voltando, ainda assim a gente está conseguindo reduzir o desemprego porque a ocupação está subindo”, disse Maria Andréia Lameiras, pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea, em entrevista à Agência Brasil.
O estudo ainda mostrou que o número de empregados no setor privado sem carteira atingiu 16% e dos autônomos chegou a 14,7%. Entre os contratados, o setor feminino cresceu 2,2%, enquanto os jovens cresceram 11,8% entre os contratados e os trabalhadores com ensino médio completo tiveram alta de 7%.
Cenário difícil
Maria Andréia disse que, apesar dos resultados positivos, muitos dos indicadores apontam para aspectos negativos do mercado brasileiro. Um desses é o fato da ocupação estar crescendo muito em setores informais. Segundo ela, há um enorme crescimento em setores sem carteira assinada ou do emprego por conta própria.
Maria também apontou a necessidade da manutenção da subocupação que atingiu um alto patamar igualmente. “Essas pessoas até estão voltando ao mercado de trabalho, mas não na condição que gostariam de estar. Tem uma parcela grande da população que pode ofertar mão de obra, mas não está conseguindo espaço”, detalhou.
O estudo do Ipea ainda revelou que o número de trabalhadores desocupados subiu de 47,3% em 2020, para 73,2% em 2021. A situação se agrava com o recuo da parcela de desempregados que obteve uma colocação no trimestre subsequente de 26,1% para 17,8% no mesmo período.
“A população que está procurando trabalho há mais de dois anos tem sofrido bastante e isso é ruim porque tem uma literatura grande de mercado de trabalho que mostra que, quanto mais tempo a população fica sem trabalhar, mais difícil é a volta ao mercado de trabalho. Quando acaba de perder um emprego a pessoa tem os contatos próximos e a facilidade de se realocar é mais rápida. Quanto mais tempo fica fora, vai perdendo produtividade e deixando de saber o que tem de inovação na profissão. Fica cada vez mais difícil a pessoa voltar e ela vai ficando obsoleta”, disse a pesquisadora.
Ela ainda afirma que o estado ruim do mercado de trabalho não é somente culpa da pandemia, mas já é algo que vinha de antes dela. “A gente estava começando a melhorar, mas, quando veio a pandemia, ainda estava com taxa de desemprego alta, de desalento alto. A pandemia piora uma situação que já não era boa. Tanto que, quando a gente começa a olhar a ocupação voltando, está voltando ao nível pré-pandemia e não é uma situação que era confortável naquele momento. Ainda que esteja voltando para aquilo que era antes da pandemia, não é suficiente para dizer que a gente está com um mercado de trabalho razoavelmente bom”, especificou.
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Com informações de Agência Brasil.