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“O amor contra o ódio”, por Felix Romanos

Em conversas por aplicativo de mensagens divulgadas por diversos portais de notícias, o empresário Luciano Hang associou a Igreja Católica ao Partido dos Trabalhadores (PT) e relacionou o padre Júlio Lancellotti a condição de bandido, ao afirmar que “quem defende bandido, bandido é […] Não podemos dar moleza para essa turma só porque são padres. Ou ficam do lado certo, ou devemos cobrar coerência do que eles pregam”.

O padre Júlio Lancellotti, vinculado a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, é uma das mais importantes lideranças em atuação em prol da população em situação de rua. Suas ações são inspirações e bolsas de esperança para todos que procuram o verdadeiro significado do amor do Cristo.

A luta do padre Júlio em defesa dos povos vulneráveis deve servir como modelo a ser seguido, e as acusações do empresário Luciano Hang demonstram uma cultura de ódio cada vez mais explícita na sociedade brasileira que deve ser combatida com o amor do Cristo, manifestado no padre Júlio.

Entre as diversas formas de atuação na Pastoral do Povo de Rua, o Padre Júlio atua com a população em situação de rua e em cena de uso de crack na região da cracolândia de São Paulo, ofertando cuidados, proteção e amor às pessoas nas condições mais vulneráveis da vida.

Como sempre salientei em minhas colunas, a dependência química é uma doença que requer propositivas políticas públicas, acompanhadas de diversas outras ações multidimensionais, entretanto, diante de políticas higienistas e populistas, as pessoas com a doença da dependência química são tratadas tão somente com a intervenção da segurança pública e na maioria das vezes, de forma truculenta.

O padre Júlio Lancellotti, com a Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, atua para levar esperança, cuidado, proteção e amor, elementos estruturantes do pensamento cristão. Entretanto, ao associar a atuação do padre Júlio a bandidos, o empresário Luciano Hang demonstra um típico ódio comum na sociedade brasileira e deve ser enfrentado com ações de amor, como as do padre Júlio.

O padre Júlio não é comunista, tampouco petista. O padre Júlio é cristão! Cristão no sentido mais literal do termo ao ofertar amor, renunciar a própria vida para defesa dos povos vulneráveis e por se entregar ao cuidado dos mais fracos.

O padre Júlio não defende bandidos, mas sim pessoas e o próprio Cristo, no martírio da Cruz demonstrou amor e misericórdia ao bandido que se encontrava ao seu lado, segundo o relato do Evangelho de Lucas. Segundo o evangelho de Lucas, 22:43, o bandido dialoga com Jesus ao dizer: “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”

A fala de ódio do empresário Luciano Hang é uma amostra de uma sociedade doente por ódio, que precisa da cura do amor, e o padre Júlio, em sua interminante luta, oferece o amor do próprio Cristo em suas ações às pessoas em situação de rua, às que se encontram em cena de rua, aos bandidos e ainda sobra amor para o empresário rico, bem-sucedido, mas cheio de ódio no coração.

Toda solidariedade ao Padre Júlio Lancellotti.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)