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“Comércio pós-pandemia”, por Robinson Guedes

Mesmo com os altos índices de vacinação, reversão quase que total das medidas sanitárias e de distanciamento social e a retomada completa das atividades presenciais, o comércio ainda sente os efeitos da pandemia de Covid-19 e, em alguns locais, a recuperação se mostra mais lenta que o esperado.

Crise econômica, alta inflacionária, combustíveis a preços absurdos são alguns fatores que não facilitam as vendas e deixam os comerciantes em maus lençóis. No entanto, existe um fator extra que pode prejudicar muito quem mais precisa: circulação de pessoas nas ruas e home office. Estados em que o trabalho remoto é mais comum, como em São Paulo, os índices de venda seguem abaixo do patamar pré-Covid-19.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio de um cruzamento de dados com a Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizando informações captadas pelo Google Mobility aponta que, onde há maior circulação de pessoas, a recuperação econômica é melhor.

No mês de junho, cinco estados da região Norte marcaram nível superior de vendas ao de fevereiro de 2020, são eles, Roraima (17,1% acima do índice pré-Covid), Pará (15,7%), Amapá (14,6%), Amazonas (6,2%) e Rondônia (3,2%). Esse número elevado se deve ao acesso mais restrito à internet, que faz com que mais pessoas trabalhem no regime presencial. Quando há a locomoção para o trabalho, há uma chance maior de se consumir algo.

De antemão São Paulo está entre os últimos no ranking de circulação de consumidores, sendo que está com 12% a menos de pessoas nas ruas, quando comparado a fevereiro de 2020 em um mundo pré-pandemia. O eixo Rio-SP tem uma grande propensão ao trabalho remoto, além de ser líder no consumo de e-commerce, logo, as marcas locais devem criar novas estratégias para se manterem relevantes e conquistarem os clientes da cidade e região com mais facilidade.

Uma ferramenta simples que pode ser utilizada como propulsora de vendas é o WhatsApp Business. Com um perfil comercial, é possível deixar o horário de atendimento fixado, inserir um catálogo com os itens disponíveis e seus respectivos preços, além de disponibilizar uma boa gama de pagamentos, como Pix, cartões de crédito e débito, o que torna a loja um atrativo, afinal o cliente poderá fazer toda a compra no conforto de sua casa.

Criar um sistema de entregas também é essencial. Uma opção para poupar gastos e otimizar o tempo é definir um dia da semana em que todas as entregas serão feitas. Assim, o cliente saberá exatamente quando o pedido irá chegar. Disponibilizar também um balcão de retirada é outro grande aliado, pois aquele que for até o estabelecimento para pegar os produtos pode dar uma olhada nas prateleiras e até comprar mais coisas.

As lojas online em sites próprios ou plataformas de e-commerce também são boas opções por darem visibilidade aos produtos e irem além das fronteiras espaciais, por haver a possibilidade de chegar a clientes de todo o país.

Adaptabilidade é a palavra da vez. Estar atualizado e acompanhar as tendências de mercado é fundamental para se manter relevante e, o principal, não acabar fechando as portas. Mesmo que cause estranhamento, se colocar no mundo digital é a melhor solução para o novo público que surgiu em São Paulo no pós-pandemia.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)