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Pré-candidato a prefeito de Suzano pelo PSOL diz que vai lutar para formar uma “frente de esquerda” com PT e PCdoB para eleições deste ano

O pré-candidato a prefeito de Suzano Fábio Torres (PSOL) foi um dos entrevistados do programa “Hoje no Ar Destaque Político”. O programa tem como objetivo dar espaço para que os cidadãos exerçam seu papel, conhecendo melhor a cada pré-candidato e escolhendo de maneira consciente seu representante, sem ceder ao conformismo ou ao não votar.
Um dos pontos altos da entrevista foi uma informação exclusiva de Fábio, que afirmou que trabalhará para formar uma “frente de esquerda” em Suzano com PT e PCdoB para as eleições deste ano (veja detalhes ao longo do texto).

Fábio Torres, é formado em Letras pela Universidade de Braz Cubas (Português/Espanhol), Mestre em Linguística Aplicada e estudos da Linguagem pela PUC-SP e é analista de discurso a partir da teoria da Linguística Sistêmico-Funcional.

Fábio ainda é autor do artigo acadêmico : “A construção sociossemiótica da violência no livro ‘Graduado em marginalidade’ ” publicado no livro “Caminhos e olhares sistêmico-funcionais: Uma homenagem à professora Leila Barbara. Atualmente Fábio Torres é professor das redes Públicas do estado de São Paulo e da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Em sua carreira política o pré-candidato a prefeito de Suzano pelo PSOL já passou diversos meios, tendo início na militância ainda no ensino médio. Ele foi militante do PSTU entre 2000 e 2016 e é ex-dirigente político do PSTU. Em julho de 2016 fundamos o Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS) e no fim de 2017 o MAIS se junta a outras organizações e funda a RESISTÊNCIA. Então, em abril de 2018 a RESISTÊNCIA ingressa como corrente política interna no PSOL. Assim, Fábio Torres então entra para o PSOL, partido pelo qual concorre agora.

Com a entrevista sendo iniciada pelo apresentador Osmar Wang, Fábio é a primeiro momento já questionado sobre quais os motivos o levaram a querer disputar a prefeitura de Suzano.

“Bom, eu sou um agente político a algum tempo já na cidade e o PSOL é um partido que tem disputado as eleições, nos últimos dois anos pelo menos. Então já é da tradição do partido essa disputa, só que o PSOL nos últimos anos se fortaleceu, é um PSOL que não constrói um indivíduo, mas sim uma unidade, um grupo. E nós estamos gabaritados para essa disputa porque nós temos desacordo com a forma que a prefeitura municipal, o prefeito em especial, conduz a política, a organização da cidade, e, também, temos divergência com o próprio PT.”

conta Fábio Torres

Fábio é professor há 12 anos, tendo experiência e conhecimento do âmbito já de longa data. Assim, Wang pergunta quais a maiores deficiências na área da educação em Suzano.

“Eu vou voltar a 2010, quando nós tínhamos o último Censo elaborado. Tinha-se em 2010 cerca de 6% da população suzanense analfabeta, o que um número por volta dos 12 mil de pessoas. Em 2006, tinha-se 74 mil pessoas que não completarem o ensino fundamental, ou seja, se você olha de 2010 para 2020 é preciso observar a quantidade vagas que estão abertas para essa população, então você tem uma média de 800 pessoas, que em 10 anos seriam 8 mil pessoas. Então, eu estou falando de 80 mil pessoas, pelo menos, precisam dessa escolaridade, que não foi feita, ou seja, o prefeito deveria ter contribuído com uma parte, com a incentivação do EJA. A primeira questão que deve ser tratada quanto a educação em Suzano e o EJA, isto é emergencial.”

explicou Fábio Torres

Mudando de âmbito, Fábio foi questionado sobre a atual situação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Wang cita uma frase de Fábio, em que ele diz que o atual prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, causa um equívoco em dizer que a doença afeta a todos da mesma forma.

“Essa doença ela tem classe, ela mata principalmente trabalhadores (as) e quanto mais vulnerável você é no sentido financeiro, mais chances você tem de morrer. Essa doença tem raça e tem cor, se você olhar os números a maior parte das pessoas que estão morrendo de Covid-19 são negras, isso reflete o fato do Brasil ser um país recorde em desigualdade social. Então, você sai de um âmbito municipal e vai para o nacional, nós temos um presidente que não fez questão de discutir a desigualdade social, Jair Bolsonaro não coloca esse assunto como parte do debate dele e isso tem seus reflexos. Por exemplo, aqui em Suzano, temos um prefeito que não fala da desigualdade social, então temos que prestar atenção nesse sentido, o Rodrigo é um prefeito da base bolsonarista, digo isso pois ele é do PL, que é base do governo Bolsonaro, ou seja, Rodrigo tem que assumir suas responsabilidades. Mas então diante da situação da Covid-19, é uma incoerência pessoas que se dizem progressistas estarem nesse governo. E, ainda, pensando na questão da saúde, eu acho que o prefeito não atuou como deveria, não tivemos testagem em massa e isso é fundamental.”

disse Fábio Torres

No mérito ainda do partido ao qual Fábio representa, o PSOL, Wang cita a fama que ele carrega de inimigo número 1 do governo Bolsonaro. Fábio então esclarece o fato e cita a pretensão que o PSOL tem em formar uma frente em unidade de partidos de esquerda em Suzano.

“Olha, quando você faz uma política pensando na maioria e você tem um presidente que de fato vai contra essa população, eu acredito que você já o não gabarita automaticamente. Então nós temos orgulho em defender o “Fora Bolsonaro” e em fazer políticas contra o bolsonarismo. Nós que apresentamos, no caso o PSOL, juntamente com o PT e o PCdoB, apresentamos essa renda emergencial, e, o Bolsonaro, havia proposto o valor de R$200,00, enquanto nós apresentamos R$2.090,00 e quando o Bolsonaro percebeu isso ele propôs o valor de R$500,00, que foi elevado para R$600,00 até R$1.200,00. Então, nós somos um problema para o Bolsonaro e temos orgulho disso, e, aproveito aqui para deixar claro que só conseguimos essa renda emergencial por causa da comunidade da esquerda, então aqui em Suzano o PT, o PCdoB, o PSOL e o PSTU precisam sentar-se juntos e nos assentar para formar uma unidade, porque uma esquerda unida faz a diferença.”

explica Fábio Torres

Fábio ainda abordou diversos assuntos, como quais as pastas irá primeiramente investir caso seja eleito, comentou sobre a atual gestão de Suzano, falou sobre a crise na saúde causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e deu seu ponto de vista sobre questões nacionais, como lutas sociais contra o racismo, a LGBQTI+fobia e sobre o machismo.
Acesse a entrevista na íntegra abaixo.