Nestas eleições municipais, o Partido dos Trabalhadores (PT) não elegeu prefeito em nenhuma capital brasileira, essa é a primeira vez que isso acontece na história do partido desde a redemocratização. Somando as cidades e capitais, o partido de esquerda era o que tinha mais candidatos na disputa deste segundo turno.
No domingo (29), João Coser disputava a prefeitura em Vitória pelo PT, assim como a deputada federal Marília Arraes concorria em Recife, ambos acabaram derrotados nas duas cidades.
Últimas Notícias
Na capital do Espírito Santo, Coser perdeu para o candidato do partido Republicanos, Delegado Pazolini, e em Pernambuco, Marília foi superada pelo também deputado federal e seu primo, João Campos (PSB), que contou com o apoio de Ciro Gomes (PDT) na reta final da eleição.
Enquanto isso em São Paulo, o PT lançou a candidatura de Jilmar Tatto, que terminou em 6° lugar e não ficou nem entre os dois primeiros colocados, resultado que não ocorria desde 1985. Levando em conta que até em 2016, quando João Doria (PSDB) foi eleito em primeiro turno, Fernando Haddad terminou na segunda colocação.
Além disso, os candidatos apoiados pelo Partido dos Trabalhadores em outras capitais, como Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre, e Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, também foram derrotados.
O resultado petista deste ano foi ainda pior do que em 2016, quando no auge da Operação Lava Jato, o partido conquistou apenas a prefeitura do Rio Branco, com Marcus Alexandre eleito. No entanto ainda nesse mandato, o partido ficou um período sem liderar nenhuma capital, já que Alexandre renunciou em 2018 para concorrer ao governo do Acre e acabou perdendo no primeiro turno para o Gladson Cameli (PP).
Os candidatos do PT venceram em quatro de 15 cidades concorrentes no segundo turno, sendo elas Contagem (MG), Juiz de Fora (MG), Diadema (SP) e Mauá (SP).