A correria da vida moderna se viu atingida em seu âmago pela pandemia. O trabalho, a escola, a família, o lazer; tudo passou por mudanças e ajustes. Os hospitais se tornaram “celebridades”, as vagas são acompanhadas pelos cidadãos e pela imprensa com um olhar de preocupação e esperança. Todos se veem na possibilidade iminente de precisar de uma das vagas hospitalares, de precisar de respirador, dos cuidados de um profissional da saúde. Mas não dá para negar que quando alguém morre é como se uma parte de nós morresse junto, e quando alguém se recupera é como se nós ganhássemos uma sobrevida, um alívio, um conforto. Nunca estivemos tão próximos e tão distantes uns dos outros.
Toda esta celeuma existencial pode fazer com que nós nos esqueçamos da importância do hoje, do momento presente. Vale destacar, ainda que seja algo óbvio: o ontem já passou e o amanhã não existe. Ocupemo-nos, portanto, do momento presente não como que um cortejo fúnebre, sem alegria e sem esperança. Mas como que um parto, que apesar das dores e das contrações, carrega uma vida nova. Faça valer este dia, esta hora, este segundo. Antes de se levantar da cama, ou do sofá, levante seu pensamento e seu astral. Agradeça a Deus pela vida.
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Mesmo o mais grave enfermo não quer alimentar-se da tristeza dos seus, mas do olhar de ternura de quem o ama. Se anima do sorriso expressivo e ingênuo de uma criança que não se deu conta da gravidade do momento. Você não precisa abraçar o medo, a tristeza e a preocupação, ainda que os tenha, mas abrace com paixão e intensidade a fé, a esperança e o amor. Onde essas três estão você estará protegido, resguardado e de pé. Pois elas são presentes de Deus, elas têm o dom de comunicar força e direção àqueles que estão perdidos e desanimados. Você já agradeceu hoje? Já perdoou hoje? Já fez o bem hoje? Ainda dá tempo! Sendo remetente de boas notícias, você será também destinatário. Tudo que fazemos de bom, quando menos esperamos, volta. Deus vos abençoe!
(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)