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“O encolhimento da Black Friday”, por Robinson Guedes

Não é segredo para ninguém que a crise econômica, o aumento da inflação, alto nível de desemprego e a pandemia têm gerado instabilidade e incerteza entre comerciantes, empresários e prestadores de serviços de todo o Brasil. Com aberturas e fechamentos por conta das medidas de quarentena, muitos estabelecimentos passaram por maus bocados e lutam para se manter nesse momento de reabertura e retomada total. No entanto, há muitos fatores que dificultam esse processo.

Com as festas de final de ano chegando, muitos empreendedores colocaram suas esperanças de alavancar as vendas e zerar os estoques na Black Friday, mas o cenário não parece tão promissor quanto o esperado. Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que, com a alta da inflação, que está em 10% no levantamento dos últimos 12 meses, a data que ficou conhecida por ter grandes descontos e ofertas em produtos de diversos segmentos, será prejudicada e não terá espaço para a baixa dos preços.

A pesquisa realizada pelo CNC demonstra que, em comparação com os números de 2020, somente 26% dos produtos apresentaram uma tendência de redução no preço, o que é um recuo significativo quando comparado aos 46% observados ano passado, quando o índice de inflação estava na casa dos 3%.

A inflação alterou muito os preços em todos os setores. Bens de consumo, como alimentos básicos, eletrodomésticos, eletrônicos e até mesmo peças de vestuário, livros e artigos automotivos e de construção civil estão na lista dos itens que tiveram uma alta no custo, sem perspectiva de melhora. O preço não afeta somente o consumidor final, mas os lojistas, que ficam sem opção e não podem fazer grandes ofertas para não ficarem no prejuízo.

Os empresários precisam fazer um balanço para avaliar o estoque de produtos e quais são os descontos possíveis de serem feitos, para que consigam participar da Black Friday e realmente obter um saldo positivo ao final do dia. Também é importante investir em promoções que sejam significativas ao público-alvo. Logo, ter conhecimento de qual o perfil consumidor da loja e quais as principais necessidades deles podem ajudar os empreendedores a pensarem em estratégias de vendas para a data e para o período de fim de ano.

Já no lado dos consumidores, é preciso ter cautela na hora de comprar. Realizar pesquisas entre estabelecimentos e marcas é fundamental, mas o autocontrole é o maior aliado de todos. Ter em mente o que realmente precisa ser adquirido, quantas unidades e se é, de fato, um item essencial. Por mais tentadoras que as ofertas sejam, é preciso ter cuidado para não desperdiçar dinheiro com itens supérfluos.

Com o cenário instável, os donos de negócios devem ter um planejamento estratégico e uma reserva de emergência para garantir a sobrevivência do empreendimento nos próximos meses. Já os clientes devem ter em mente que o poder de compra tem diminuído e ter uma lista de compras, fazer pesquisas e pensar muito antes de realmente fazer a compra são os melhores amigos para fazer economia, sem deixar de adquirir seus itens de desejo.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)