PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

“O aumento no custo de vida na Grande São Paulo”, por Robinson Guedes

A atual situação econômica do Brasil é um tópico que gera preocupação para uma grande parcela da população. A pandemia gerou um índice altíssimo de demissões, o que afetou a renda das famílias e o desenvolvimento no país, além de mexer diretamente com o mercado financeiro. Em meio a isso, a inflação deu uma rasteira em todos e tem gerado problemas que irão assombrar a muitos por alguns anos.

De acordo com dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), o Custo de Vida por Classe Social (CVCS) na Região Metropolitana de São Paulo (RMPS) teve uma alta entre outubro de 2020 e outubro de 2021 e chegou a 10,60%, o índice mais alto desde 2016. Os maiores aumentos de custo estão nas áreas de transporte, habitação, alimentação e bebidas, setores que são essenciais e fazem parte das atividades cotidianas de toda a população.

Apesar de atingir a todos, as famílias sentem de maneira diferente esse avanço nos preços. Segundo a FecomercioSP, famílias da “classe A”, que possuem salários maiores e costumam ter fundos de investimento e reserva de emergência tiveram um aumento no custo de vida de 9,13%, enquanto que para a “classe E” foi de 12,82%.

Com itens básicos que foram alvo de um aumento significativo no preço, a classe média e baixa viram seu poder de compra se esvair e a vida tomar novos rumos para os quais ninguém estava preparado. Seja no quesito de planejamento financeiro a curto e longo prazo, seja com instabilidade na economia que afeta a todos, incertezas quanto a emprego e afins, o aumento no custo de vida é um fator que pode levar muita gente a entrar na linha da pobreza e ficar sem assistência alguma.

Para não ser pego de surpresa, educação financeira tem se mostrado uma forte aliada de todos, em especial, dos que possuem uma renda fixa menor. Uma das melhores estratégias a serem adotadas é fazer uma planilha, digital ou em um caderno de anotações, na qual serão inseridos todos os gastos do núcleo familiar, desde gastos diários com transporte, alimentação, remédios e afins. Desse modo, é possível ter controle de tudo que entra e sai em casa e enxergar se há possibilidade de realizar cortes de custo nas despesas mensais.

Além do controle, manter as contas em dia é fundamental para evitar gastos desnecessários com juros pelo atraso de pagamento. Mesmo que sejam valores pequenos, podem fazer uma grande diferença no fim do mês quando se somam todas as despesas.

Outro aspecto que pode ser muito significativo é ter consciência quanto ao uso de cartões de crédito, desse modo, não se criam dívidas a longo prazo que podem ser um divisor de águas e vir a reduzir o seu orçamento mensal. Dar preferência para pagar à vista, além de adiar compras que não sejam essenciais para o cotidiano também são fortes aliados dessa técnica.

Mesmo com o aumento do custo de vida, não se pode perder a esperança. Com consciência, controle e objetivos que prezem pela sua estabilidade financeira e crescimento econômico, é possível se manter em meio a crise e garantir que, futuramente, haja dinheiro suficiente para aproveitar viagens, fazer investimentos e afins, sem carregar débitos do momento atual.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)