O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (10) em sua tradicional live, que a culpa dos altos valores dos combustíveis é do Partido dos Trabalhadores (PT), do Supremo Tribunal Federal (STF) e da guerra na Ucrânia.
“O preço tá caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária. E é uma questão mundial [referente à guerra na Ucrânia]. Digo a vocês que o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato que nos Estados Unidos”, disse Bolsonaro.
O presidente também disse que irá sancionar o Projeto de Lei Complementar (PLP) que mudará a forma de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), caso esse seja aprovado pela Câmara dos Deputados. “Passa a ser um valor fixo do ICMS, que não é mais um percentual no preço em cima da bomba. Basicamente congela, pra valer, o ICMS, que é um imposto estadual, dos combustíveis. Se a Câmara aprovar hoje, da minha parte não interessa a hora, eu assino a qualquer hora da noite, ou da madrugada e publica no Diário Oficial da União”, afirmou.
Bolsonaro aproveitou o momento para criticar o PT, dizendo que quando o partido estava no poder não construiu as refinarias prometidas. “O grande problema do Brasil: entre as 10 maiores economias do mundo, a única que tem que importar derivado de petróleo é o Brasil. Ou seja, as duas refinarias que o PT ia fazer no Nordeste, mais uma aqui no Sudeste, não fez. Uma roubalheira terrível. Mais de R$ 100 bilhões jogados fora”, disse.
“Então, nós dependemos da importação de diesel, de gasolina, dentre outras coisas. Se lá atrás o PT tivesse feito o seu trabalho, não tivesse endividado a Petrobras em mais de R$ 900 milhões, não estaríamos em uma situação tão complicada”, continuou.
O mandatário ainda jogou a culpa da alta dos combustíveis no STF, dizendo que a Corte não julgou uma ação que poderia regulamentar uma emenda da constituição de 2001, que segundo Bolsonaro, teria “resolvido grande parte desse problema”.
“Essa nossa ação está com a ministra Rosa Weber e faz 6 meses que não se movimente. É triste porque temos pressa nisso aí, mas lamentavelmente, o projeto não anda. Teríamos muito menos problema hoje com o preço dos combustíveis se essa nossa ação tivesse sido julgada pelo STF”, explicou.
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“Passa a ser um valor fixo do ICMS, que não é mais um percentual no preço em cima da bomba. Basicamente congela, pra valer, o ICMS, que é um imposto estadual, dos combustíveis. Se a Câmara aprovar hoje, da minha parte não interessa a hora, eu assino a qualquer hora da noite, ou da madrugada e publica no Diário Oficial da União”, afirmou.
