As mortes da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista, Anderson Gomes, completaram quatro anos nesta segunda-feira (14). Em homenagem à vereadora carioca e ao motorista, será realizado, às 19 horas, um tributo na Câmara de Vereadores de Mogi das Cruzes, organizado pela vereadora Inês Paz (PSOL).
“Hoje faz quatro anos do assassinato de Marielle e seu motorista Anderson. Até o presente momento nós não sabemos quem mandou matá-los. É claro que a sociedade organizada, os movimentos organizados sabem quem mandou matar eles, mas a Justiça ainda não deu uma resposta. Mandaram matar Marielle para matar seus ideais, mas isso não ocorreu, porque a cada dia que passa a luta pela defesa das mulheres negras, periféricas, LGBTQIA+ continua fortes, porque seu ideal permanece em cada uma de nós. Hoje a partir das 19 horas, por meio da nossa mandata faremos um tributo a Marielle e Anderson para que reviva e fortaleça os seus ideias”, disse a Vereadora.
Além da presença de Inês Paz, o evento na Casa de Leis da cidade contará com a co-vereadora da bancada feminista da Câmara de São Paulo, a Neusinha. O tributo também convidará os interessados a se envolverem em atividades artísticas e culturais que ocorrerão lá.
Crime sem solução
Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson foram executados, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. A assessora de Marielle também estava com ela, mas sobreviveu ao ataque. Eles foram cercados por homens que estavam em outro veículo e que atiraram várias vezes. A vereadora foi atingida por três tiros na cabeça e um no pescoço.
Ela estava saindo de um evento na Casa das Pretas, no bairro Lapa, quando o crime aconteceu. Nas imagens das câmeras de segurança foi possível ver que o carro que levava a vereadora e seu motorista foi seguido por um outro veículo.
Em março de 2019, os Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, suspeitos de serem o executores de Marielle e de Anderson. Mas até hoje não se sabe quem são os mandantes do assassinato.
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