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“O que fazer quando o dinheiro perde valor?”, por Robinson Guedes

Uma preocupação que não sai da cabeça do brasileiro, seja ele uma pessoa comum ou um empresário que precisa manter um negócio ativo é o quanto o dinheiro das pessoas tem rendido e como isso afeta os hábitos e costumes quanto ao consumo de maneira geral.

E infelizmente, as notícias não são boas para nenhum dos dois lados. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apresentou dados que apontam uma queda de 6,3% do salário médio de pessoas admitidas com carteira assinada no Estado de São Paulo entre os meses de abril de 2021 e março de 2020.

A queda pode parecer pequena, mas faz uma grande diferença no dia a dia das famílias e afeta diretamente o rendimento e lucro dos comerciantes de pequeno, médio e até grande porte. Com uma renda que apresenta tendência de queda, o emprego formal, que sempre foi um objetivo para milhares de pessoas, se torna algo inseguro, que pode não ser o suficiente para manter uma família ou poupar para o futuro.

O maior problema do recuo na média salarial é que os mais afetados são aqueles que já estão em uma classe mais baixa e temem ser jogados na linha da vulnerabilidade social. A questão também é acompanhada por vários outros aspectos. Ao mesmo tempo que a renda cai, o valor de alimentos, remédios, transporte, vestuário, entre outros, só cresce.

Itens básicos como legumes, vegetais, café e até mesmo o pão nosso de cada dia estão tendo aumentos exorbitantes que fazem com que a população se adapte e corte coisas da dieta para garantir que não irão passar por necessidade. Mesmo que substituir a carne por ovos não seja o ideal, tem sido a realidade de milhões de pessoas em todo o país.

A população, com a incerteza e o dinheiro contado, precisa buscar alternativas para não ficar no vermelho. O principal é não começar dívidas muito grandes que se estendam por longos períodos, como pode ser a troca ou compra de um carro, ou até mesmo comprar uma TV nova. Podem ser objetivos atrativos, mas que precisam ser feitos com muita cautela para não comprometer o orçamento mensal.

Além das economias, é interessante buscar uma fonte de renda secundária, como prestação de serviços. Venda de doces caseiros, artesanato ou artes, serviços de costura, aulas particulares, comercialização de produtos de beleza, entre muitos outros, são formas de trazer uma renda extra e garantir que não irá faltar nada para o núcleo familiar como um todo.

Já para o lado dos comerciantes, a coisa é um pouco mais estratégica. Com o salário menor, é esperado que as vendas também caiam. Nesse momento, a criatividade é sempre a melhor aliada. Aproveitar a sazonalidade, como dia dos namorados, dia dos pais, dia das crianças, entre outros, para criar ofertas especiais ou pacotes com produtos é uma ótima forma de impulsionar as vendas e atrair novos clientes.

Aqui também é válido lembrar que poupar é fundamental. Não fazer investimentos de risco e poupar o máximo de recursos que puder, sem comprometer a qualidade dos serviços e produtos ofertados, é a melhor forma de se garantir e ter uma boa perspectiva de futuro.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)