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“Senhor, a quem iremos?”, por Padre Claudio Taciano

Todos sentimos ao longo da vida cansaço, desânimo e eventuais tristezas. Os grandes pensadores, os santos, os mártires e as pessoas mais virtuosas da face da terra também se depararam com grandes obstáculos sentindo o peso e o desafio da missão. Ou seja, ninguém está livre de sentir o revés da vida. Prazeres e alegrias, sucessos e conquistas vêm e vão. Tudo é passageiro, tudo é fugaz. Na areia movediça da vida, quer queiramos ou não, nossa estabilidade e segurança é Deus.

Há quem diga que pensar é mais difícil do quê acreditar, por isso que há tantos ingênuos que creem mas não pensam. Essa ideia tem um pouco de verdade e um pouco de preconceito. Pois quem disse que para ter fé não precisa pensar? Ou que a fé esteja em oposição com o pensar? Uma coisa é certa, quanto mais pensamos mais nos convencemos de que Deus existe e de que precisamos dele. O tempo mostra a nossa inaptidão em relação a muitas coisas, e uma delas é, infelizmente, conseguir viver constantemente na fraternidade e na justiça.

Os problemas com o próximo começam em nossa família e em nosso trabalho. Choramos ao rezar, ao contar nossos dramas, mas nem sempre a dor e o flagelo dos outros nos incomodam. Quem mata não quer morrer, quem engana não quer ser enganado, quem rouba não quer ser roubado. Quem joga lixo nos rios quer água limpa para beber.

Eis o nosso dilema, nossa contradição. A fé não nos desobriga de nada em relação ao bem comum, em relação ao próximo. A fé verdadeira nos leva a um compromisso fraterno verdadeiro. A paz mundial brota da justiça e da fraternidade. Estamos tão próximos mas tão distantes. Há muito por fazer e por lutar. A fé longe de nos alienar deve ser vivida com os pés no chão.

Neste sentido, o mal que fizermos ao próximo gritará ao coração do Criador. No primeiro livro da Bíblia está escrito: “O Senhor disse-lhe: Que fizeste! Eis que a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra” (Gn 4,11). A oração poderosa deve fazer o nosso coração se libertar do egoísmo e da injustiça. Que esses dias sombrios de guerra, luto e dor possam preparar e dar lugar a dias de paz, justiça e fraternidade.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)