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“O voto dos idosos”, por Luci Bonini

Esta semana destaco a importância do voto dos idosos. Poucos candidatos se dão conta da importância dos votos desses eleitores nas urnas. Segundo a Constituição Federal o voto para quem tem mais de 70 anos é facultativo, ou seja, essas pessoas votam se quiserem. É comum ver muitos deixarem de votar porque acreditam que nada muda no país, já outros, que acompanharam a grande luta pela redemocratização no Brasil e tiveram esse direito suprimido durante a ditadura militar, fazem questão de votar.

Em 2019, o número de idosos no Brasil chegou a 32,9 milhões. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a tendência de envelhecimento da população vem se mantendo e o número de pessoas com mais de 60 anos no país já é superior ao de crianças com até 9 anos de idade.

O aumento da população idosa deu-se em virtude dos avanços da medicina e do aumento da qualidade de vida de maneira geral. Apesar de crescer o número da população idosa, o número de projetos em políticas públicas para eles ainda é merecedor de pena!

O mesmo IBGE. Afirma que: “a expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 3 meses e 4 dias, de 2017 para 2018, alcançando 76,3 anos. Desde 1940, já são 30,8 anos a mais que se espera que a população viva.”

Os candidatos deveriam levar em conta os idosos que ainda são obrigados a votar e aqueles que já não são mais. É importante ouvir esses eleitores, saber o que eles pensam e querem e de que forma eles podem cobrar políticas específicas para que eles tenham uma qualidade de vida melhor.

Programas de trabalho para os idosos não podem ser descartados: incentivar o trabalho voluntário para aqueles que já têm uma aposentadoria, qualificar um idoso para desenvolver alguma atividade, fazê-lo participar da vida política e cultural do país, são definitivamente projetos que devem ser materializados pelos eleitos.

É preciso incentivar os idosos a votarem. Suas manifestações nas urnas podem ajudar a trazer grandes mudanças no país, chegando mesmo a demonstrar sua força política, sua consciência cidadã, seu amadurecimento frente às mudanças pelas quais o Brasil passou e que eles testemunharam, para assim servir de exemplo para muitas gerações.

Para que eles tenham vontade de votar, também é preciso que tenham facilidades, além das já conquistadas de serem prioridades nas filas, aqueles que têm dificuldade de locomoção, podem ser auxiliados pelos parentes e vizinhos. Não vamos perder esses votos, vamos fazer valer o nosso dever de cidadão.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)