Diante das turbulências da vida, a grande tentação atual é nos fecharmos em nós mesmos e trazermos para junto do nosso “eu” o pessimismo. Viver na caverna do desânimo é entregar-se a um tipo de vida psicologicamente vegetativa, sem luz e sem sentido.
Essa angústia existencial vai se avolumando e contagiando uns e outros. Nascendo um tipo de sociedade alienada, narcisista e fraternalmente frágil. Entender a vida, a família, a sociedade e o mundo com suas oscilações, como dom maior, é olhar para si, para o outro e para o mundo não com as lentes desfocadas e ofuscadas do egoísmo. Ampliar o olhar para perceber em tudo o contexto e as nuanças é ter presente as dimensões gigantescas da vida, do mundo e dos acontecimentos.
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Se neste olhar levarmos em consideração a fé, iremos concluir que tanto a nossa origem como o nosso destino são divinos. Tal conclusão alimenta a nossa esperança, o nosso conhecimento e direção. Em tudo há um princípio, uma origem. Com uma dose de realismo e esperança, se tudo tivesse em nossas mãos, talvez a humanidade não mais existiria.
Crer não é buscar no caos as suas imperfeições, mas buscar nele os rastros daquEle que é perfeito. É preciso perceber que mesmo na desordem há uma certa ordem natural que nos leva a crer que mesmo na história mais dramática do ser humano no mundo, estão impressas as digitais do Altíssimo.
Olhar o mundo e as pessoas com nossos olhos é querer definir como verdadeiras, as imagens, desfocadas e distorcidas pela nossa inimizade, daquelas que são originais e oriundas do Criador. Em sentido geral, Deus não nos fez para ficarmos eternamente presos, infelizes e distantes uns dos outros. Deus nos fez para o céu, para a cidade celeste, cujas fundações já começam aqui. Olhar tudo com otimismo é próprio de quem ama, crê e se esforça. Beijo no coração. Deus vos abençoe.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)