Parvo significa uma pessoa sem julgamento ou prudência. Na Idade Média era um sujeito vestido de maneiras diferentes, com chapéu, sinos etc., para realizar o entretenimento, diversão. Pode significar também uma pessoa inofensivamente perturbada ou carente de poderes comuns de compreensão.
O parvo é um personagem na peça teatral de Gil Vicente, lá pelos idos do século XV, parvo ou tolo, é também uma carta do Tarô – é aquele que não sabe para onde vai.
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Aqui aproveito para explicar a parvoíce, ou como os psicólogos chamam, mais apropriadamente de dissonância cognitiva, cujo conceito dado pala Associação Americana de Psicologia é: “um estado psicológico desagradável resultante da inconsistência entre dois ou mais elementos em um sistema cognitivo”.
A inconsistência entre o que as pessoas acreditam e como elas se comportam as motiva a se engajar em ações que ajudarão a minimizar sentimentos de desconforto. As pessoas tentam aliviar essa tensão de diferentes maneiras, como rejeitando, explicando ou evitando novas informações.
Como as pessoas querem evitar o desconforto, a dissonância cognitiva pode ter uma ampla gama de efeitos. A dissonância pode desempenhar um papel na forma como agimos, pensamos e tomamos decisões. Podemos nos envolver em comportamentos ou adotar atitudes para ajudar a aliviar o desconforto causado pelo conflito.
São exemplos de dissonância cognitiva: adotar crenças ou ideias para ajudar a justificar ou explicar o conflito entre suas crenças ou comportamentos – isso às vezes pode envolver culpar outras pessoas ou fatores externos; esconder crenças ou comportamentos de outras pessoas; as pessoas podem sentir vergonha de suas crenças e comportamentos conflitantes, escondendo a disparidade dos outros para minimizar sentimentos de vergonha e culpa.
Alguns comportamentos se caracterizam por buscar informações que confirmem as crenças existentes. Esse fenômeno, conhecido como viés de confirmação, afeta a capacidade de pensar criticamente sobre uma situação, mas ajuda a minimizar sentimentos de dissonância.
As pessoas gostam de acreditar que são lógicas, consistentes e boas em tomar decisões. A dissonância cognitiva pode interferir nas percepções que eles têm sobre si mesmos e suas habilidades e é por isso que muitas vezes pode parecer tão desconfortável e desagradável.
Alguns sinais de que você passa por isso são: sentir-se desconfortável antes de fazer algo ou tomar uma decisão; tentar justificar ou racionalizar uma decisão ou ação que você tomou; sentir-se envergonhado por algo que você fez e tentar esconder suas ações de outras pessoas; sentir culpa ou arrependimento por algo que você fez no passado e fazer coisas por pressão social ou medo de perder, mesmo que não fosse algo que você queria fazer.
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(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)