O maior jogador da história do futebol, que morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, também atuou para além dos campos. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé sempre foi fascinado na carreira artística e participou de composições musicais, interpretações em novelas, filmes e cinema.
Conhecido por dedilhar violões nas concentrações do Santos e da seleção brasileira, sua história no mundo na música começou em 1969, um ano antes da conquista histórica do tricampeonato, acompanhado de estrelas da Música Popular Brasileira (MPB) como Elis Regina, Gilberto Gil, Jair Rodrigues e Roberto Carlos.
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Ao lado de Elis, cantou duas músicas no que ficou conhecido como Tabelinha Elis e Pelé, com as canções ‘Perdão Não Tem Vez’ e ‘Vexamão’. Com os arranjos de Sérgio Mendes, uma de suas primeiras composições foi ‘Meu Mundo É Uma Bola’, de 1977, que se transformou em um gostoso e descompromissado sambinha.
No entanto, a música mais lembrada da carreira do rei, foi escrita para as crianças, como, por exemplo, ‘Abc do bicho-papão’, em parceria com Sérgio Mendes, gravada pelo grupo Trem da Alegria. A canção ficou tão famosa que foi resgatada pelo Ministério da Educação e tocou incessantemente nas rádios e na TV em uma campanha publicitária.
Uma das últimas gravações de Pelé foi ‘Esperança’, feita para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Nas telinhas
O cinema foi outro caminho utilizado por Pelé. A primeira vez nas telinhas foi na comédia, em ‘O Barão Otelo no Barato dos Bilhões’, dirigido por Miguel Borges em 1971. Pelé havia acabado de ganhar a Copa do Mundo de 1970 e estava no auge da fama.
Em 1979, o jogador figurou ele mesmo em ‘Os Trombadinha’, porém, como técnico das categorias de base do Santos. Inconformado com a situação dos meninos carentes e abandonados, ele usa seu sucesso e prestígio para mudar esta situação e melhorar a vida das crianças. Além de atuar, também foi o responsável por bolar toda a história, roteirizada por Carlos Heitor Cony.
Em 1981 que Pelé deu o maior salto cinematográfico ao participar de ‘Fuga Para a Vitória’, uma trama recheada de estrelas de Hollywood como Max von Sydow e Sylvester Stallone. Durante as gravações, ele deu um chute tão forte na bola que quebrou o dedo de Stallone, que atuava como um goleiro pouco talentoso.
O filme conta a história de um jogo fictício entre um time nazista e uma equipe de prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial. Em entrevistas, Sylvester contou que a bola de futebol parecia de canhão de tão dura e pesada. “Eu só consegui reverenciar”, disse o ator.
Em 1985, voltou a ser protagonista em ‘Pedro Mico’, na história de um carioca que rouba joias e foge, enganando sua quadrilha, que passa a persegui-lo nos morros, como a polícia.
No Brasil, o filme mais lembrado de Pelé é ‘Os Trapalhões e o Rei do Futebol’, de 1986, em que ele fez várias esquetes humorísticas com a turma de Didi Mocó. Na trama, Pelé é um repórter esportivo que acompanha a trupe.
Além do cinema, o jogador também fez aparições especiais em novelas, como ‘Os estranhos’, da TV Excelsior. No enredo, interpretou o protagonista Plínio Pompeu, um jornalista e escritor que encontra extraterrestres.
Em ‘O Clone’, da TV Globo, Pelé foi um dos convidados do famoso Bar da Dona Jura, personagem icônico da atriz Solange Couto. Na época, ele gravou uma longa cena em que os personagens da novela ficavam eufóricos com o cliente ilustre na região.
No texto, o personagem de Eri Johnson pergunta ao Rei do Futebol o que ele está achando da seleção. Pelé então responde: “Olha, isso está preocupando todo mundo, porque a única seleção que não está armada é a nossa. Mas eu acredito na seleção, porque os melhores jogadores nós temos”. Naquele ano, a seleção conquistou o seu pentacampeonato. Para terminar a cena, o bar da Dona Jura colocou uma música que Pelé gravou para aquela Copa.
Em 2003, ele também foi uma visita ilustre, agora da casa de samba Sobradinho. Na cena, ele conversa com Eliete, personagem de Isabela Garcia, e manda um recado para Maria Clara Diniz, interpretada por Malu Mader, dizendo que ele também já foi traído e que ela vai superar aquilo. Na cena, ele ainda assiste ao show de Zeca Pagodinho e divulga o seu documentário lançado na época, “Pelé eterno”.
Falando em documentário, o rei do futebol inspirou ‘Isto é Pelé (1974)’ de Eduardo Escorel e Luis Carlos Barreto, e Pelé Eterno (2004), de Anibal Massaíni Neto. Em ambas produções, sua trajetória é retratada em diversos recortes, desde as Copas que jogou até os primeiros anos de sua vida em Minas Gerais.
Gibi Pelezinho
Além das obras cinematográficas, um dos mais famosos cartunistas do Brasil, Maurício de Sousa, resolveu homenagear o ídolo, em ‘Gibi Pelezinho’, de 1977 a 1986. O gibi contou as histórias do garoto Pelé quando tinha 7 anos. Na época foi lançado pela Editora Abril e em 2012 relançado pela Editora Panini, já modernizado e adequado a era da internet.
As histórias fizeram tanto sucesso que Maurício de Sousa lançou novos personagens, como Dieguito (baseado em Diego Armando Maradona), Ronaldinho (Fenômeno) e o Senninha (Ayrton Senna). Em 2013, o gibi de Pelé foi lançado na Alemanha, durante a Feira do Livro de Frankfurt. Na Copa do Mundo de futebol no Brasil, em 2014, a história em quadrinhos virou uma série de vinhetas de animação no Discovery Kids.
(por Estella Abreu, Estagiária em Jornalismo, sob supervisão do editor)
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