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“Desprezo ao ódio digital”, por Marcelo Candido

Como sobreviver aos xingamentos dentro da internet sem se deixar abalar por eles? Fácil! Não tomar conhecimento sobre a existência dessa forma terrível de prática da ofensa pela ofensa! E se se excederem os limites e isto chegar de alguma forma ao seu conhecimento? Aí é tomar as providências cabíveis acionando a Justiça, caso necessário. Uma coisa é a exposição da crítica, outra é a ofensa utilizada como arma de destruição do individuo, porque o outro o odeia, mesmo sem nenhuma motivação minimamente elaborada.

Quem xinga, em geral, tem baixíssima inteligência, pois, do contrário, a pessoa traria para o diálogo elementos capazes de dar primor ao seu conteúdo. Discordar, divergir ou retorquir, por exemplo, são manifestações fortemente aceitáveis porque ampliam o campo da abordagem de uma determinada questão e podem torná-la mais consistente. Ademais, estas formas de interação enriquecem qualquer assunto e fazem das interlocutoras pessoas bem mais inteligentes. Já quando ocorre o ódio como forma de comunicação, eu o ignoro. Nada mais desconcertante a um hater digital, por exemplo, do que se vir ignorado. Neste caso, a ofensa desaparece em meio a um mar de interações respeitosas.

As chamadas Redes Sociais, que eu prefiro chamar de Redes Digitais, pois de sociais pouco têm, abriram os caminhos para que pessoas ressentidas, ao invés de procurarem tratamento médico, encontrassem no anonimato ou na imbecilidade explícita mesmo, o ambiente para estilar todo ódio acumulado na própria alma. Confesso que em dado momento me compadeci de tais figuras odientas. Depois percebi que elas não buscam compaixão! Aliás, elas pouco sabem do significado dessa expressão. Querem mesmo é ser percebidas enquanto pessoas “influentes”.

O problema é que a forma como os algoritmos operam acaba por beneficiar mais as interações agressivas em detrimento das mais racionalmente adicionadas. Isto gera um público digital altamente contaminado pelo embate e não encantado pelo debate. Então desisti de argumentar no modo privado, já que pela forma pública nunca me relacionei mesmo.

Como escrevo e publico minhas opiniões através deste espaço digital, muitas das pessoas que vêm à área de comentários encostam para proferir palavras ofensivas sem, contudo, utilizarem o próprio cérebro como órgão do qual possa extrair alguma forma de inteligência que seja maior do que uma bactéria. Como não interajo racionalmente com bactérias, apenas reconheço que elas existem como formas de vida das mais primitivas, as ofensas deixam de encontrar contraofensivas.

Ora, porque trato sobre isso? É que chega um momento em que o saco antes vazio se enche de tal forma que, ou você o carrega feito um condenado, ou então o esvazia para por no lugar a amizade, o respeito, o carinho, a compaixão e o amor. Esses sentimentos são leves, perfumados, extremamente amigáveis e têm zero de coisa odienta. Desse modo, deixo o ódio que brota das entranhas dos odiadores para que eles mesmos se matem com isso! Eu prefiro a vida, a inteligência, a honestidade intelectual e não a burrice incorrigível.

Espero que essas considerações possam servir para mandar um recado de uma vez por todas àquelas pessoas que acham que despertam minha atenção quando me agridem, pois, ao contrário, contam apenas com meu desprezo. Aliás, bota desprezo nisso! Que elas possam ir bater em outra freguesia caso não consigam se desvencilhar dos ressentimentos que as fazem tão infelizes. Aliás, seus comentários não me alcançam, pois não os leio. Se sei que ofensas acontecem a meu respeito, é porque tenho meus “espiões”.

Então volto ao início do texto de forma complementar. Como sobreviver? Bebendo nas fontes do amor, não do ódio.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)