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“Redes sociais: o comportamento virtual dos empreendedores afeta a empresa?”, por Rebeka Assis

Nos últimos anos, temos acompanhado a evolução da internet e o seu impacto no nosso dia a dia, passando por diversos setores, como transporte e alimentação.

Isso também vale para o trabalho. Além de sites e redes sociais se incorporarem ao campo corporativo, a linha entre vida pessoal e profissional nunca esteve tão tênue.

Hoje, já presenciamos demissões por justa causa de funcionários que criticam abertamente a empresa em que trabalham em perfis de Instagram, Facebook ou LinkedIn. Mas tem se tornado cada vez mais comum também a escolha (ou não) de lugares por conta das atitudes virtuais de seus proprietários.

E agora, mais do que nunca, um post pode ter a força de afastar clientes da sua empresa.

Como lidar com esse novo desafio? Continue a leitura e confira!

Respeite a sua essência… e os direitos do próximo

Não, você não precisa criar um personagem para estar na internet, mas é importante ter ciência que a internet é uma extensão da vida real e convenhamos: ninguém quer ir a um restaurante conhecido por ter donos que destratam seus funcionários, certo?

A mesma impressão vale para empreendedores que postam que as leis trabalhistas são desnecessárias, por exemplo.

“Ah, então é só eu ter essa opinião e não postar, certo?”

E a resposta é: não. Diferente de gostos pessoais, os direitos foram criados pela necessidade de resguardar condições específicas na sociedade. Então, “opiniões” que afetem direitos do próximo devem ser revistas – no virtual e no presencial.

Você realmente precisa postar isso?

Imagine uma marca de roupas veganas, em que os tecidos são totalmente sintéticos e o processo de criação e fabricação respeita a vida animal.

Agora, imagine a proprietária festejando em uma tourada, por exemplo.

Faz sentido pra você? Para os clientes dessa loja, que desenvolveram uma conexão com a marca, também não.

Então, é óbvio que, talvez, uma empreendedora se veja diante de uma situação que é impossível recusar. Mas nem por isso ela precisa postar no feed, nos stories, no status do WhatsApp…

Fazer um filtro do que é adequado ou não fazem bem, tanto para o CNPJ quanto para o CPF.

Ter dois perfis é o ideal?

Muito se fala sobre ter dois perfis distintos nas redes sociais: umas apenas para família e amigos, privado ao público, e outro mais profissional, para se apresentar enquanto empreendedor.

E a resposta é: depende.

Algumas empresas trabalham muito com o lado humano em sua cultura, e expor isso para potenciais clientes pode ser uma boa estratégia de marketing. Por outro lado, ter uma vida muito agitada e postar festas com frequência pode não agradar clientes mais conservadores.

Por isso, a única pessoa que pode ter essa resposta é você mesma(o). Logo, para fechar essa reflexão, deixo as seguintes dicas:

  • Analise o quanto a sua privacidade é importante para você;
  • Reflita sobre a sua postura nas redes e o quanto você se importa com o impacto que ela pode vir a ter nos seus negócios (e lucros);
  • Caso queira se posicionar na internet, tenha o suporte de um especialista em marketing digital; e claro
  • Na dúvida, consulte um(a) advogado(a) de confiança.

Bom trabalho e até semana que vem!

Você tem alguma dúvida sobre Direito do Trabalho, LGPD ou Empreendedorismo que gostaria de ver respondida aqui?
Envie uma mensagem no meu Instagram
ou um e-mail para [email protected], e eu terei todo o prazer em responder.

Aproveite e conheça meu trabalho em www.rebekaassis.com.br.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)