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“A Aranha”, por Luci Bonini

Uma vez eu estava meditando na beira de um lago, calmo, parecia um espelho d’água. Era uma bela manhã de outono e meus pensamentos vagavam pelos meus problemas cotidianos e de repente uma rajada de vendo cortou meus pensamentos.

A agitação foi tamanha que até uma aranha caiu no lago, provavelmente vindo de uma árvore, ali mesmo, na beira do lago.

A aranha se debatia tentando nadar, mas não conseguia ir muito longe, já que sua natureza não a aparelhou com nadadeiras. O vento continuava encrespando as águas do lago e a aranha mexia suas pernas.

Eu fiquei observando a cena e percebi que a ondulação da água causada pelo vento levaria a aranha para a beira do lago que estava mais próxima, porém a aranha, não sei se movida pelo instinto de salvar-se, se mexia, mas seu movimento a levava para o lado mais distante da borda.

Fiquei um tempo observando, procurei um galho para ajudá-la, mas não havia nada. Assim como ela também fiquei desesperada para salvá-la.

Nessa luta pela sobrevivência, a aranha lutou muito, mas acabou perecendo. Não consegui ajudá-la e me decepcionei.

Na volta para casa fiquei pensando se ela nadasse para a direção do lado que estava mais próximo dela ela teria se salvado, mas ela, desesperada talvez pelo infortúnio, se mexia e era levada para a borda mais distante do lago.

Pensei muito sobre isso, fiquei triste e me perguntei: o que tenho a aprender com isso?

A resposta veio como uma cacetada na cabeça: Quantas vezes nós estamos próximos da resolução de um problema e acabamos optando pela solução mais “demorada” ou mais distante como no caso dessa aranha? Quantas vezes nos desesperamos para buscar uma solução e eis que o que está ao nosso lado não vemos, porque a ânsia de resolver nos impede de enxergar o braço estendido de alguém, o espaço mais curto a percorrer, ou até mesmo pedir ajuda?

Eu não consegui ajudar a aranha, mas tirei desse fato esse ensinamento: com calma podemos enxergar mais de um lado de um problema.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)