Desculpem-me o tema queridos, afinal de contas os desafios não são maiores do que a nossa esperança. Infelizmente, ainda assistimos cenas que põem em prova a nossa capacidade de conviver, pensar e acreditar em dias melhores.
Depois de dois milênios da era cristã, a humanidade ainda continua patinando no terreno escorregadio da violência, da desumanidade e do mal. A explosão tecnológica, que favoreceu inclusive comunicação global, coloca diante de nossos olhos não somente os problemas que afloram em nossa realidade brasileira, mas também pelo mundo afora.
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Como gostaríamos que certas imagens de crianças e jovens, adultos e idosos, feridos e mortos pela violência e pela guerra, não fossem reais. A triste e dolorosa cenas de violência que assistimos atravessam a nossa alma e o nosso coração. Os porões de uma sociedade, aparentemente, normal escondem cenas cruéis e terríveis da vida real.
De onde vêm a maldade e a indiferença? Senão das situações traumáticas e traumatizantes que passamos, vivemos e crescemos. Lógico, que nada justifica a decisão e a atitude consciente e livre de quem opta em fazer o mal ao inocente.
Não nos esqueçamos também de muitas pessoas que, mesmo crescendo num ambiente desfavorável, violento e desumano conseguiram seguir um caminho diferente daquele que viveu.
No que toca, especificamente a guerra, infelizmente no contexto próprio dela, não há escrúpulo e nem piedade, o importante é vencer o inimigo. O instinto de sobrevivência e de derrotar o adversário falam mais alto.
Como sair deste círculo de morte? Não há um roteiro exato para isso. Todavia, a bondade e o amor, a serenidade e a esperança quebram as correntes que nos aprisionam e nos ferem. Essas correntes, muitas vezes invisíveis, distorcem a realidade a ponto de transformar irmãos em adversários e amigos em inimigos.
A leveza do bem tem mais força do que o peso do mal. A fé não é para caminharmos sozinhos, mas é para nos lembrarmos de que somos todos irmãos, inclusive daqueles que não creem em quem e no que cremos.
Não reconhecer o outro como irmão e parceiro é a mesma coisa que defender a violência e a divisão. A fraternidade e a justiça devem ser laços inquebrantáveis. Quanto mais desunidos e orgulhosos formos, mais frágeis e mais perdidos seremos.
Que a bondade de Deus dilua o nosso orgulho em nome dos nossos pais, do próximo e de nós mesmos.
Amém.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)