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“Relacionamentos em ambiente de trabalho: é uma boa ideia?”, por Rebeka Assis

Desde que o mundo é mundo, um dos locais em que as pessoas mais se conhecem é o ambiente de trabalho. Mas estender esse convívio para algo mais íntimo pode ser uma decisão delicada. E você, o que acha?

Você já ouviu a frase “Onde se ganha o pão não se come a carne”?

Ao longo dos anos, o versículo bíblico se tornou um ditado de conhecimento geral, sempre utilizado quando o assunto é relacionamento em ambiente de trabalho.

Contudo, quando consideramos que as pessoas passam mais de 40 horas por semana ao lado de colegas, pode se tornar inevitável um envolvimento mais profundo.

Mas quais são os impactos disso no dia a dia da empresa e do funcionário?

Vem comigo pra saber mais sobre!

De colega para amor: o que a lei diz?

Uma pesquisa de 2023 feita pela SHRM, empresa especialista em RH, analisou trabalhadores nos Estados Unidos e identificou que cerca de 80% dos entrevistados já tiveram um relacionamento com um colega de trabalho ou estão em um atualmente.

E existe uma chance muito grande de você, querido(a) leitor(a), também conhecer uma história assim.

As leis trabalhistas no Brasil não proíbem o relacionamento em locais de trabalhos, mas as empresas podem, em suas normas internas, estipular regras com relação a isso.

Sendo assim, caso uma empresa tenha em suas regras que dois funcionários do mesmo setor não podem ter um envolvimento amoroso, o descumprimento da regra – e do regimento interno – pode ocasionar uma justa causa.

Mas lembre-se: para isso, a empresa precisa ter as normas estipuladas formalmente e os colaboradores precisam estar cientes delas.

O que poderia dar errado?

Antes de continuar, preciso ressaltar que o texto comenta sobre relacionamento entre pessoas “livres e desimpedidas”, ok? (Só pra não deixar passar batido…)

Já recebi alguns questionamentos sobre quais poderiam ser os problemas de um relacionamento em local de trabalho. As preocupações mais comuns são:

  • Perda de atenção no serviço e possíveis distrações;
  • Vazamento de informações importantes;
  • Privilégio em novidades e benefícios para um dos envolvidos;
  • Problemas no “clima do ambiente”, por afeto em público ou crises de ciúmes;
  • Brigas durante o expediente;
  • Possibilidade de ações judiciais que envolvam a empresa, entre outros.

Não pode ser diferente?

Pode, sem dúvidas, mas é importante também entender o lado do empregador, que precisa resguardar o seu negócio de conflitos desnecessários.

Por isso, para casos de relacionamento amoroso na empresa, deixo as seguintes sugestões:

  • Respeite o ambiente e seus colegas, acima de tudo. (Leia-se: deixe as demonstrações de carinho para outros momentos);
  • Atente-se ao regimento interno da empresa. Verifique as normas e entenda quais riscos você e a outra pessoa precisam considerar e qual a melhor forma de lidar com isso;
  • Evite ao máximo que isso interfira no seu desempenho. Além de ser importante manter o profissionalismo, lembre-se que o relacionamento pode acabar, mas as contas continuam chegando.
  • Se for possível seguir com o trabalho e o amor, mantenha um bom diálogo com o(a) parceiro(a). Questões de trabalho podem gerar problemas, mas sempre é uma boa resolver dentro do horário comercial, ok?

    E se for só um lance (extraconjugal)?

    Bem, você não precisa de um texto pra saber que isso não é uma boa ideia, certo?

    Mas imagine os efeitos que uma briga de casal + um(a) amante, na porta de uma empresa, podem ocasionar…

    Não vou me estender sobre o assunto, mas fica a dica: reflita sobre a sua vida pessoal e profissional e analise as suas decisões.

    E aí, você conhece uma história assim? Já passou por isso e deu tudo certo?

    Deixe nos comentários ou envie uma mensagem no meu Instagram!

    Ótimo trabalho e até semana que vem!

    (Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)