Era uma vez uma mãe, igual a todas desse mundo. As mães são todas iguais, pelo menos quase todas. Esses dias, andando pelas redes sociais, acabei caindo numa postagem que colocava algumas frases de mãe e eu me identifiquei com várias delas, inclusive uma que é clássica: “Eu não te carreguei nove meses na barriga para isso!”
Depois de ler essa, me lembrei de algumas que minha mãe falava: “Se eu pegar quem fez isso, o chinelo vai cantar… vai sim!!!! E ri uma risada gostosa de saudade da minha mãe e os ecos da minha infância alegraram meu dia.
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Algumas quando as mães falam, dá até medo: “Quer me matar do coração?!” “Você̂ me respeite que eu sou sua mãe, menino(a)!”, acho que muitos já ouviram essas duas.
Sabe aquele momento que fomos visitar a madrinha, e aquela casa cheia de bibelôs, toalhinhas e coisinhas bonitinhas que você vê com a mão? Pois bem, numa dessas casas um dia, quebrei uma miniatura de vaso e papo vai, papo vem, o olhar aterrador em minha direção, a madrinha carinhosamente dolorida disse, não tem problemas, ela é criança, deixa prá lá…. e quando ela sai para pegar a vassoura para varrer, era o momento fatídico: “Em casa a gente conversa”.
E quando se trata de coisas de casa que as crianças quebram, estragam lá vem as frases: “Isso, quebra, mesmo! Não foi você̂ que pagou!” “É! Eu avisei.” E então você vai lá, junta os cacos com medo de que ela puxe sua orelha… sim, puxão de orelha dói muito, principalmente quando pega o cabelo junto. Mão de mãe é grande!
Em tempos de internet, o WhatsApp não para: “Tá online e não me responde por quê?” aí você explica que está em prova, ou no banheiro e que tá tudo bem… mas a pergunta vem rápida: que horas você vem pra casa? “Você̂ fica o dia todo nesse celular!”
E quando você chega feliz da vida em casa com um cachorrinho ou gatinho escondido na blusa da escola? Minha nossa: “Não quero bicho nessa casa….”; “Vai ter que cuidar, dar comida, limpar cocô e xixi e quando estiver doente também…”. Duas semanas depois o animalzinho já está assistindo tevê no colo dela, afinal de contas: “Tudo eu nessa casa”.
Mas além das clássicas: “Não fez mais do que a sua obrigação!”; “Vou contar até três!”; “Se eu for aí e achar…”, “Pense bem nas coisas que você̂ vai fazer!” e “Eu não vou estar nesse mundo para sempre, meu filho(a).”, tem algumas que vale lembrar sempre: “Um dia você̂ vai sentir minha falta!”, “Se eu sumisse… você̂ daria valor!”, “Um dia você̂ vai ter filhos, aí vai me entender!”.
Mas é nos abraços quentinhos, nas noites de dor e febre, na doce companhia quando nosso coração está doendo, no prato preferido que comemos depois que soa a frase: “Almoço tá na mesa”, no sorriso estampado no rosto delas no dia da formatura, ou quando chegamos com um neto dela no colo é que entendemos o que é o amor.
E um dia ela vai embora… e faz uma falta…
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)