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“O rombo das contas públicas: um reflexo de décadas de má gestão”, por Robinson Guedes

Nos últimos dez anos, temos enfrentado um desafio colossal em nosso país: o rombo das contas públicas. Não é apenas uma questão de números ou estatísticas; é um reflexo direto das escolhas feitas ao longo de décadas por aqueles que estiveram no comando do nosso país. Como contador, mas principalmente como alguém que acompanha de perto os desafios dos empresários brasileiros, posso dizer com convicção que esse cenário impacta diretamente a todos nós.

Desde 2015, a situação econômica do Brasil tem sido marcada por uma crescente dificuldade em equilibrar o orçamento. A tão debatida regra que indexa o mínimo e os pisos de Saúde e Educação, embora tenha sido implementada com boas intenções, se tornou uma armadilha para o desenvolvimento sustentável do nosso país. É como se estivéssemos tentando construir uma casa sobre uma base instável – o resultado só poderia ser desastroso.

A gestão fiscal, que deveria ser a espinha dorsal de um governo, tem se mostrado frágil. O desequilíbrio que observamos hoje não é uma surpresa para aqueles que, como eu, observam de perto as finanças públicas e privadas. O problema é sistêmico e profundamente enraizado em práticas que priorizam o curto prazo em detrimento do futuro.

Lembro-me de conversas com empresários que passaram pela minha mentoria ao longo dos anos, muitos deles lutando para manter seus negócios à tona em meio a uma economia instável. A incerteza gerada por políticas públicas inconsistentes tem um efeito devastador sobre o ambiente de negócios, desincentivando investimentos e inovações que poderiam, em outras circunstâncias, gerar empregos e alavancar o crescimento econômico.

Olhando para o cenário global, o Brasil precisa urgentemente de uma revisão profunda na maneira como conduz suas finanças. É essencial que compreendamos que não se trata apenas de fechar as contas no final do ano, mas de criar um ambiente onde a confiança dos investidores – nacionais e internacionais – seja restaurada. Sem essa confiança, continuaremos presos em um ciclo vicioso de ajustes fiscais que, em última análise, não resolvem o problema central.

As recentes medidas adotadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo o novo arcabouço fiscal, são passos importantes na tentativa de estabilizar as finanças públicas. No entanto, ainda há um longo caminho pela frente. Precisamos de um compromisso real com a disciplina fiscal, uma que não apenas seja imposta por força de lei, mas que seja adotada como uma filosofia de governança.

Em minhas mentorias, costumo dizer que uma empresa bem-sucedida é aquela que consegue planejar seu crescimento com base em uma gestão financeira sólida e previsível. O mesmo vale para o nosso país. Somente com uma gestão responsável e estratégica conseguiremos reverter o rombo que hoje trava o nosso crescimento e assegurar um futuro próspero para as próximas gerações.

Estamos em um momento crucial da nossa história econômica. Os desafios são grandes, mas acredito que, com a união de esforços e uma visão clara de longo prazo, podemos superar essa fase e construir um Brasil mais forte e competitivo.

Robinson Guedes é Especialista em Finanças Públicas, Contador, Mentor de Empresários, Professor Universitário e Influencer.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiário.com).