Na manhã desta terça-feira (17), uma audiência pública foi realizada na Câmara Municipal de Vereadores de Mogi das Cruzes para a apresentação de informações sobre o processo de transição entre o governo do atual prefeito, Caio Cunha, e da prefeita eleita, Mara Bertaiolli.
O evento contou com a presença de Mara, do vice-prefeito eleito, Teo Cusatis, além da equipe de transição do futuro governo e vereadores da cidade.
Durante a apresentação, foi revelada uma dívida de R$ 677 milhões, sendo R$ 207 milhões em saldo negativo e R$ 470 milhões em contas a pagar, deixadas pela atual gestão de Caio Cunha, segundo o grupo de Mara.
“A situação financeira da Prefeitura Municipal é muito preocupante. Nós temos um saldo negativo de 207 milhões e temos contas a pagar de R$ 470 milhões. Essa é a Prefeitura que estamos recebendo”, afirmou a prefeita eleita.
O processo de transição realizado entre os governos contou com 32 reuniões temáticas e a aplicação de questionários para os atuais secretários. De acordo com o coordenador jurídico de transição, Filipe Hermanson, houve grande dificuldade no processo, tendo em vista a falta de colaboração do atual prefeito.
Segundo Hermanson, Cunha não entregou documentos prioritários no prazo solicitado.
“A prefeita eleita pediu para que o prefeito atual apresentasse uma lista de documentos prioritários. O prazo que foi dado para o prefeito foi dia 4 de novembro. A Prefeitura não apresentou os documentos no dia estipulado e só veio a apresentá-los no dia 11 de novembro. Nós, da equipe de transição, entendemos que não havia motivo para não apresentar os documentos no dia 4, eram documentos que já deveriam estar prontos”, explicou Hermanson.
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Além das dívidas acumuladas durante a gestão de Cunha, Mara afirma que a situação de prédios e equipamentos públicos também é grave.
De acordo com ela, diversos espaços estão deteriorados ou mal conservados.
A audiência, que teve mais de três horas de duração, contou ainda com descrições detalhadas da situação de cada temática analisada. Segundo o grupo de Mara, essas análises demonstraram o descaso da atual gestão com pastas prioritárias como Saúde, Educação, Transporte, Segurança e Cultura, já que diversas secretarias apresentam problemas financeiros, estruturais e administrativos.