A vereadora Inês Paz, do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), foi denunciada pelo Ministério Público por suspeita de participação em um esquema de rachadinha no gabinete da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes. A parlamentar nega as acusações, afirma confiar na Justiça e declara que jamais utilizou o cargo para benefício pessoal.
A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Kleber Henrique, que também solicitou o afastamento cautelar da vereadora. O processo corre sob segredo de Justiça.
De acordo com o Ministério Público, entre janeiro e outubro de 2022, Inês Paz teria exigido que uma assessora devolvesse parte do salário recebido, sob ameaça de exoneração. Segundo a ex-servidora, ela foi contratada com a promessa de receber R$ 2,5 mil mensais, mas descobriu que seu holerite indicava o valor de R$ 6,7 mil. A diferença, conforme a investigação, deveria ser repassada de forma fracionada ao gabinete por meio de transferências bancárias.
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O chefe de gabinete da vereadora é apontado como responsável pela gestão financeira da prática ilegal, recebendo parte dos valores repassados. O irmão de Inês Paz, Jorge Leonardo Paz, também é citado na denúncia como um dos envolvidos.
A promotoria apura ainda se outros servidores do gabinete estariam submetidos ao mesmo tipo de devolução salarial.
Em nota encaminhada ao portal Hoje Diário, Inês Paz declarou que a denúncia ainda não foi recebida pela Justiça e que não há julgamento nem condenação. Ela classificou as acusações como baseadas em ilações e interpretações distorcidas, e afirmou que não há provas porque, segundo ela, não houve crime.
A vereadora ressaltou sua trajetória política e disse que sempre atuou ao lado de trabalhadores, mulheres, juventude periférica, educadoras e movimentos culturais da cidade. Ela destacou que jamais se calará diante da injustiça e reafirmou que continuará exercendo seu mandato com responsabilidade, coragem e compromisso com o bem comum.