A loja de materiais de construção de Suzano, condenada pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 30 mil em indenização a uma ex-funcionária por assédio moral, se manifestou após a repercussão do caso. A decisão foi da 1ª Vara do Trabalho de Suzano e reconheceu que a trabalhadora sofreu ofensas como “biscatinha” e “inútil”, além de ter sido isolada no ambiente profissional.
A decisão cabe recurso e a empresa recorreu da sentença.
Em nota enviada ao portal Hoje Diário e assinada pelo advogado Jean Ghosn, do escritório Advocacia Ghosn, a defesa afirmou que a decisão ainda não transitou em julgado e classificou como precipitada qualquer conclusão definitiva sobre o caso. A loja de materiais de construção informou que já apresentou recurso para anular a condenação, restabelecer a verdade e provar sua inocência.
Segundo a manifestação, a empresa sustenta que é regularmente constituída, cumpre suas obrigações fiscais e trabalhistas e repudia qualquer prática de assédio, preconceito ou discriminação. A nota afirma ainda que a loja de materiais de construção adota políticas internas de conduta, Saúde e segurança no trabalho, além de procedimentos formais para apuração de reclamações.
A defesa também declarou que a ampla divulgação da notícia teria gerado prejuízos à reputação da empresa e repercussão negativa nas redes sociais, com sócios e colaboradores sofrendo comentários hostis e até ameaças. No texto, a loja de materiais para construção reafirma o compromisso com a transparência e diz que está à disposição para prestar esclarecimentos.
Veja a nota da empresa na íntegra:
“A empresa, que se reserva o direito de não divulgar seu nome, diante da repercussão da notícia em referência, esclarece que:
1. A matéria noticiou decisão judicial em grau de conhecimento, que não transitou em julgado e ainda está sub judice. Assim, qualquer conclusão definitiva sobre o caso é precipitada, visto que já foi interposto o recurso cabível para anular a sentença judicial, restabelecer a verdade e provar cabalmente sua inocência.
2. Nossa empresa está regularmente constituída e mantém conduta idônea, honesta e digna, cumprindo com todas as suas obrigações fiscais e trabalhistas, pautando-se pelo respeito aos seus colaboradores, clientes e à comunidade de Suzano. A empresa repudia quaisquer práticas de assédio, preconceito ou discriminação e afirma que adota políticas internas de conduta, Saúde e segurança no trabalho, bem como procedimentos formais para apuração de reclamações e correção de eventuais falhas.
3. A divulgação ampla da notícia, no contexto local, tem acarretado prejuízos à sua reputação, repercussão negativa nas redes sociais e riscos concretos aos seus sócios e colaboradores, que vêm sofrendo comentários hostis e ameaças.
4. Em respeito ao direito à informação, a empresa reafirma seu compromisso com a transparência e coloca-se à disposição deste veículo para prestar os esclarecimentos necessários e apresentar, nos autos competentes, elementos e provas que serão oportunamente revistos no exercício do contraditório e da ampla defesa”, finalizou.