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“Cultura do Estupro?”, por Luci Bonini

Embora existam muitos conceitos de cultura, pode-se afirmar, sinteticamente, que a cultura pode ser entendida como todos os comportamentos, todas as linguagens e atos e produtos que uma coletividade vai acumulando ao longo de sua existência.

No Brasil um incidente com um estupro coletivo em 2016 deixou a população chocada. Um estupro coletivo foi filmado caracterizando-se aí dois crimes.

O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 213, define o estupro como “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”, com reclusão de 6 a 10 anos, mas existem penas mais pesadas para estupro de vulnerável, de pessoas com deficiência, por exemplo.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020, em 2019 foram realizados 66.123 boletins de ocorrência de estupro e estupro de vulnerável no Brasil, calculam os autores do anuário que no Brasil ocorre “um estupro a cada 11 minutos”, e 85,7% são mulheres e meninas. As vítimas de estupro do sexo masculino estão na infância, entre os 4 anos, das meninas, é até 13 anos.

Vale a pena ressaltar é que apenas 10% dos casos de estupro são reportados nas delegacias, segundo o IPEA. Mas alguns casos de violência sexual contra a mulher enchem as páginas dos jornais quando o homem é um jogador de futebol com contrato milionário como Robinho, cujas conversas vieram à tona recentemente, como o caso do Cristiano Ronaldo ou do Neymar. Todos jogadores de clubes famosos, com trajetórias de grandes contratos e muita fama.

Muitas vezes, nesse caso é bem comum culpar a vítima: Ela estava bêbada! A roupa dela é provocante, a dança era sensual…. e assim vai.

Se o mau exemplo dado pelos jogadores de futebol sofresse o prejuízo de seus contratos com os times, com os patrocinadores e torcedores, muito provavelmente isso acabaria e deixaria de alimentar a cultura do estupro.

Só uma mudança de mentalidade com uma educação pautada no respeito e ações governamentais que orientassem a população pode acabar com esses índices alarmantes.

(Esse texto não expressa, necessariamente, a opinião do site HojeDiário.com)