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“O rei e a arara”, por Luci Bonini

A história a seguir não é de minha autoria. É uma fábula que encontrei há algumas semanas e me fez refletir bastante sobre como nós nos acomodamos a certas situações. Passados já, mais de 12 meses dentro de nossas casas, o que devemos imaginar acerca do futuro?

Era uma vez um rei que tinha ido visitar os reinos vizinhos. Ele foi presenteado com um par de araras bebês pelo rei do último reino por onde ele passara. Os pássaros eram os mais bonitos que ele já tinha visto. Então, ao retornar ao seu reino, ele chamou um treinador e pediu-lhe para treinar as aves.

Para que as araras ficassem bem à vontade, o rei, também, arranjou um lugar no jardim do palácio para as aves. Ele frequentemente olhava para eles da janela de seu palácio. Com o passar do tempo, uma das araras já estava voando majestosamente muito alto no céu, no entanto, a outra não estava, não se movia de seu galho desde o dia em que chegara.

Ao ouvir isso, o rei convocou o treinador e os curandeiros dos reinos próximos. Todos eles tentaram o seu melhor, mas não conseguiram fazer a arara voar! Ele até pediu a seus cortesãos que tentassem encontrar uma maneira de fazê-la voar, mas todos falharam.

Ela não se movia de seu galho. Lá, ficava e olhava quieta a tudo que acontecia ao seu redor no lindo jardim.

Finalmente, depois de tentar de tudo, o rei pensou que talvez precisasse de alguém que estivesse mais familiarizado com o habitat natural do pássaro. Então, ele pediu a seu cortesão que chamasse um fazendeiro do interior e o levasse até a arara para ver se ele entendia seu problema.

Na manhã seguinte, o rei ficou emocionado ao ver o pássaro alçando voo sobre os jardins do palácio. Intrigado com a proeza, ele pediu ao seu servo que chamasse o fazendeiro para encontrá-lo. Quando o fazendeiro chegou diante do rei, esse perguntou: “Como você fez para que a arara voasse?”

Com as mãos cruzadas com respeito, o fazendeiro disse ao rei: “Foi muito fácil, majestade. Eu simplesmente cortei o galho onde o pássaro estava sentado.”

Moral da história: As pessoas se acomodam e se esquecem de como é bela a liberdade!

(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)