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Maioria de moradores de área de invasão em Mogi das Cruzes são da zona leste da cidade de São Paulo

A Prefeitura de Mogi das Cruzes, junto da Secretaria Municipal de Assistência Social, concluiu, por meio de um estudo social feito na área da Vila São Francisco, invadida em março deste ano, que a maioria dos moradores da área é proveniente de outras cidades.
O estudo foi feito visando ofertar proteção social aos mais vulneráveis e ainda conscientizar sobre os riscos envolvidos em ocupações desordenadas. Para isso assistentes sociais estiveram no local e cadastraram todos os ocupantes, além de numerar todas as unidades identificadas.

Ao todo, foram 291 unidades identificadas, sendo 222 sem ocupantes (sendo 176 inacabadas) e 69 unidades cadastradas e habitadas. Das 69 unidades ocupadas, detectaram que 52 famílias são de outras cidades, sendo a maioria da zona leste de São Paulo e apenas 17 famílias declararam ser de Mogi das Cruzes. Ao todo, foram constatadas 216 pessoas presentes na área, sendo 129 adultos e 87 crianças e adolescentes. 

Durante o processo de levantamento, foi possível apontar uma situação de extrema precariedade e risco à saúde pública no local, com a inexistência de fornecimento de água, de esgotamento sanitário, além de devastação da vegetação, morte de animais nativos e presença de animais peçonhentos e vetores de doenças graves, como aranhas e carrapatos. Além disso, a maioria das pessoas vivem em barracos, sem qualquer tipo de segurança para eventuais temporais ou frio intenso.

O objetivo do estudo, segundo a Prefeitura, foi analisar alternativas para a oferta de proteção social a essas pessoas, em parceria com as próprias famílias e também com a empresa que detém a posse da área. 

Essa intervenção complementa uma série de ações que vêm sendo desenvolvidas pela Prefeitura, que busca evitar novas invasões no terreno. Nesta segunda-feira (10), uma operação, que contou com a participação das Secretarias Municipais de Segurança e de Serviços Urbanos, além da Guarda Municipal, concluiu o trabalho de fechamento da área, para evitar novas ocupações. Vale destacar que a ação não compreendeu a remoção de nenhuma família do local. 

As medidas de fechamento atendem o cumprimento da liminar concedida pelo juiz Eduardo Carvert, da Vara da Fazenda Pública, que determinou o congelamento da área, proibindo qualquer ato de terraplanagem, remoção de terra, derrubada de vegetação, além da modificação da estrutura já existente e da condição do local. A área segue sendo monitorada pela Guarda Municipal.

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