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Policiais do interior alugaram 50 ônibus para irem a ato ‘pró-Bolsonaro’ do dia 7 de setembro, em São Paulo, diz Deputado

O deputado federal Coronel Tadeu (PSL) disse, nesta terça-feira (24), que policiais militares de diversas cidades do interior de São Paulo alugaram, pelo menos, 50 ônibus para irem ao ato pró-Bolsonaro que ocorrerá no dia 7 de setembro, na avenida Paulista.
Segundo o parlamentar, os próprios PMs estão recebendo “apoio” de alguns comerciantes de cidades como Itapetininga, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Bauru e Campinas, para pagar seus assentos, que tem custos entre 30 e 100 reais.

Segundo o Regimento Disciplinar da Polícia Militar de São Paulo, oficiais da ativa não podem participar de manifestações de caráter político-militar. O deputado afirma, porém, que nada impede que os policiais militares apoiem o presidente e manifestem em favor dele “como brasileiros”, pois “têm certidão de nascimento e o direito de ser um patriota”. Também afirmou que os policiais irão à paisana, por isso acredita que eles não portarão armas.

O deputado, crítico do governador João Doria, também afirmou que ele cometeu o “seu maior erro político” ao afastar o coronel Aleksander Lacerda, comandante de seis batalhões da Polícia Militar, após esse postar mensagens incentivando os oficiais da organização a participarem do ato pró-presidente e contra o STF (Supremo Tribunal Federal).
“Tecnicamente, o governador agiu de forma correta, mas, politicamente, e pela maneira como se deu o afastamento, ele esgarçou a relação com a corporação, que, aliás, nunca foi boa”, disse Tadeu, que completou dizendo que “80% das tropas da PM do Estado de São Paulo são bolsonaristas”.

Sendo assim, Doria teria ganho “140 mil cabos eleitorais contra ele”, por causa da punição ao comandante que é “adorado pelas tropas”. Ainda assim, não haverá nenhuma reação por parte da PM, que não esteja dentro das normas, disse que o parlamentar. “A PM só irá reagir se receber uma ordem ilegal do governador”, que no caso seria “a proibição de policiais comparecerem à Paulista”, disse o coronel Tadeu. Se isso ocorrer, ele disse que “Doria terá de arcar com as consequências”.

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