O requerimento partiu do vereador Otto Rezende (PSD). A família do menino reclama que houve demora de mais de sete horas para que ele recebesse o soro antiofídico, tendo havido lentidão para removê-lo da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Rodeio para o Hospital Luzia de Pinho Melo, no Mogilar, que é a unidade referência para casos de picada de cobra no Alto Tietê, e onde o garoto estava internado desde o último dia 6 até falecer.
O vereador e presidente da Comissão Permanente de Saúde, Otto Rezende (PSD), fez o requerimento verbal para aprovar o convite ao secretário durante a sessão ordinária desta tarde. “Sou médico, e a população me cobra muito. Precisamos de uma Secretaria de Saúde forte e atuante e que saiba agir com rapidez. Por isso, queremos que o secretário Zeno Morrone Junior e seu estafe venham aqui esclarecer a todos os vereadores sobre o que aconteceu”, disse.
Iduigues Martins (PT) também prestou solidariedade à família de João Victor e criticou a gestão na saúde. “Infelizmente, temos que lidar com mais um descaso na saúde. Jamais a vida do João Victor vai voltar”, comentou.
O vereador Zé Luiz (PSDB) também opinou sobre o assunto, dizendo que órgãos da saúde da cidade têm sido mal geridos. “Existe má gestão da CURE [Central de Urgências, Remoções e Emergências] e do SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]. Recebemos ambulâncias novas, mas onde estão essas ambulâncias? Agora trocaram o coordenador do SAMU, mas não adianta nada. A CURE deveria fazer a remoção, mas o SAMU está acumulando os serviços. Uma criança com picada de cobra deveria ser atendida imediatamente. Não tem que deixar esperando na fila da CROSS [Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde]. Uma criança morreu por causa da inoperância do Governo do Estado e do nosso Município”, falou.
Inês Paz (PSOL) também criticou a tragédia e alegou haver um desmonte nos serviços públicos na cidade. A vereadora Fernanda Moreno (MDB) cobrou explicações da pasta da Saúde e disse que esteve no velório do garoto, e disse que toda a situação lhe causa tristeza e revolta. “Como demoraram horas para aplicar o soro? Colocaram pulseira amarela nele, quando deveriam ter colocado a pulseira vermelha, de urgência maior. Ele já tinha tido uma parada em seus rins. Um garotinho que adorava animais também, assim como eu. Estou sentindo tristeza e revolta”, disse.
Edson Santos (PSD) foi outro parlamentar a tecer críticas e destacou o caso de uma outra morte em Sabaúna, que segundo o vereador, que demorou para ser atendida pelo Samu. “É triste ter que falar disso justamente no Dia do Médico”, finalizou.
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