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Dia Mundial do Diabetes: Entenda como a doença funciona e quais os tratamentos públicos oferecidos à população do Alto Tietê

Nesta segunda-feira (14), é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. A data criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), visa conscientizar a população sobre o reflexo da doença na saúde e mortalidade da população.
Durante a execução da doença, o corpo não produz insulina ou não consegue fazer o bom uso da insulina que produz, além de em alguns casos a quantidade ser insuficiente. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia.

Apesar de atingir grande parte da população, a diabetes é uma doença silenciosa e sem cura, mas que, se tratada de forma contínua, pode ser controlada. Para isso, é necessário procurar um médico endocrinologista, responsável por avaliar todo o sistema endócrino, relacionado com a produção de hormônios que são importantes para diversas funções do organismo.

O diabete pode ser classificada em alguns tipos

● Tipo 1: Caracterizado por não haver produção desse hormônio no pâncreas. Neste caso, aparecem geralmente na infância e na adolescência.

● Tipo 2: Quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Neste caso, se manifesta frequentemente em adultos.

● Pré-diabetes: Acontece quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um diabetes tipo 1 ou tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios.

● Diabetes gestacional: Ocorre quando a insulina se torna menos efetiva durante a gravidez, e casos menos comuns, decorrentes de problemas genéticos, doenças, uso de medicamentos, entre outras causas.

Sintomas

● Tipo 1: Vontade de urinar várias vezes ao dia, fome e sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.

● Tipo 2: Infecções frequentes na bexiga, rins e pele, visão são embaçada, formigamento nos pés, fome e sede constante e dificuldade na cicatrização de feridas.

Prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, a melhor maneira de prevenir a doença é manter uma alimentação saudável e balanceada. Outro fator importante é a prática de atividades físicas diárias.
Para pacientes com histórico familiar da doença, a orientação é realizar exames diários, controlar a pressão arterial e manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.

Atendimento na rede pública do Alto Tietê

Em todo o mundo, a doença se tornou um sério problema de saúde pública e os números a cada previsão vêm sendo superados. Mas, para auxiliar no tratamento de pessoas diagnosticadas ou com suspeita do Diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicações e ações de prevenção.

Em Ferraz de Vasconcelos, todas as 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuem profissionais que realizam o acolhimento, liberação de medicamentos, atendimento médico, odontológico e apoio diagnóstico (exames laboratoriais) para pacientes diabéticos.
Mensalmente ocorrem grupos, rodas de conversas e ações educativas com equipe multidisciplinar composta por psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e educador físico, sobre a doença, a prevenção, autocuidado e uso racional de medicamentos.

O segmento de saúde conta ainda com médico endocrinologista e nutricionista no Centro de Especialidades Papa João Paulo II (CEM), para pacientes com complicações ou que necessitam de avaliação para controle da doença.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, atualmente a Atenção Básica tem cerca de
5.531 pacientes com Diabetes cadastrados nas UBS’s.

Durante a pandemia, os pacientes hipertensos e diabéticos, principalmente idosos, foram incluídos nos atendimentos prioritários, nas UBS, com manutenção da medicação de uso contínuo. Porém, a pasta explicou que não é possível estabelecer se houve aumento, pois, os atendimentos eletivos foram reduzidos para focar nos atendimentos de síndrome gripal.

Em Itaquaquecetuba, todas as 17 unidades de saúde do município realizam atendimentos especializados aos portadores do diabetes tipo 1 ou 2, por meio do programa “Previne”.
Além de atender mulheres que contraem diabetes gestacional.
O programa é uma das prioridades da atenção primária e, ao todo, sete mil pessoas estão inscritas. Entre os medicamentos oferecidos aos portadores da doença, estão os hipoglicemiantes por via oral, além das insulinas.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Itaquaquecetuba informou que ao longo da pandemia, houve um aumento de 10% a 18% no número de pessoas com diabetes no município.

Em Mogi das Cruzes, os atendimentos e acompanhamentos também são realizados em todas as unidades de saúde, além do programa “Saúde da Família”.
Conforme informou a Prefeitura, assim como a Hipertensão, o Diabetes, faz parte do programa Hiperdia, que realiza um cadastro dos Portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus. Aos pacientes, há, ainda, o Programa “Controle em Casa” que fornece insumos para controle de Diabetes Mellitus insulino-dependente para pessoas cadastrados no Programa Hiperdia.

Em todos os casos, são ofertados medicamentos orais e injetáveis de acordo com a prescrição e com a lista padrão de medicamentos do Programa de Medicamentos Gratuitos (Promeg).
A Prefeitura afirma ainda que Mogi das Cruzes vive os reflexos do cenário mundial, com prevalência da doença no período pós-pandêmico.
O portal HojeDiario.com questionou o número de pessoas portadoras da doença cadastradas na cidade, mas a administração não soube informar.

Já em Suzano, em abril deste ano, a Secretaria de Saúde implantou o projeto “Farmácia Clínica” na Unidade Básica de Saúde (UBS) Prefeito Alberto Nunes Martins – CSII, na região central, visando orientar os munícipes sobre os medicamentos, como forma de melhorar o tratamento, ademais de estimular o uso correto dos medicamentos. Isso porque, de acordo com a pasta, garante melhor qualidade de vida e melhor instrução aos cidadãos, que podem ter acesso aos profissionais de forma espontânea ou por indicação médica.

Em parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer, oferece também vagas para hidroginástica, a fim de estimular a prática de atividade física. Atualmente, são 95 pacientes atendidos.
Até a presente data, a pasta informou que é feito o acompanhamento de 40 pacientes na “Farmácia Clínica” e de 95 na hidroginástica.

Em Poá, conforme informou em nota, a Prefeitura realiza distribuição de medicamentos hipoglicemiantes e fornecimento de insulinas, tiras para aferição de glicemia e lancetas para insulinodependentes e gestantes diabéticas, em todos os dispensários.
Ainda segundo a administração municipal, entre os medicamentos oferecidos à população estão Glibenclamida 5 mg, Gliclazida 30mg, Metformina 850mg e Insulina NPH e regular. Ao todo, cerca de 1.950 munícipes recebem o apoio do segmento da saúde.

A pasta informou que não foi notado aumento quantitativo de casos durante a pandemia do coronavírus (Covid-19) e, sim, um aumento de procura por consultas e medicações após a flexibilização das medidas de isolamento social, onde muitas doenças crônicas tiveram seus acompanhamentos prejudicados.

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