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“Era uma vez um vulcão”, por Luci Bonini

Era uma vez, lá pelos lados da Indonésia um vulcão. Acho que ele se chamava Plutão, se não me engano.

Plutão era um vulcão que de vez em quando cuspia fumaça: às vezes muita, às vezes pouco. Uma ou duas vezes a terra tremeu muito pouco. Os habitantes daquela localidade não se preocupavam, pois, na memória das pessoas que viviam ali, era só isso mesmo que ele fazia.

Um dia a terra tremeu mais forte… ficou todo mundo preocupado, mas os dias se passaram e tudo voltou ao normal… e assim foi, durante uns anos: ele tremia, soltava fumaça, mas um belo dia ele tremeu, soltou muita fumaça e cuspiu um pouco de fogo.

As autoridades falaram para as pessoas irem para a casa de amigos ou parentes fora da ilha… Não sei se falei que Plutão ficava numa ilha…

Passadas algumas semanas, as autoridades disseram que tudo estava normal e que a população podia voltar…

Esses eventos se repetiam em média a cada 4 ou 5 anos, mas nada havia que desse sinal de perigo.

Um dia, já acostumados com esse comportamento, num de seus tremores e de lavas sendo cuspidas para fora do pico da montanha, os moradores não se preocuparam e foram dormir tranquilos naquela noite!

De madrugada a montanha começou a rugir mais forte e mais forte até que as explosões e os rios de lava começaram a se derramar pela montanha e atingiriam a população em breve.

Muitos conseguiram escapar, outros nem tanto. Muitos perderam parte de suas coisas, de seus familiares.

Quem me contava essa história, era uma amiga que morava lá em Taiwan. Há muitos anos não converso com ela, mas ela tinha várias dessas lendas do povo de lá, que não diferem muito do povo de cá.

Qual a lição que tiramos de uma lenda de lá do outro lado do planeta?

Os seres humanos se acostumam com as coisas ruins com muita facilidade e se acomodam como esses moradores da ilha e aí, quando a desgraça vem, acham que é mais uma daquelas que não fazem mal a ninguém…

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)