Uma pesquisa realizada pelo portal Vagas.com, contratada pelo software de R&S Vagas For Business, revelou que 30,1% dos trabalhadores brasileiros darão, em 2023, preferência às vagas no modelo home office. Por sua vez, o motivo principal para a escolha, segundo 28% dos entrevistados, é a possibilidade de ingressar em qualquer empresa do Brasil e do mundo.
A pesquisa completa pode ser conferida pelo link: https://forbusiness.vagas.com.br/blog/modelos-de-trabalho/.
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O regime favorito entre os brasileiros, no entanto, é o híbrido, em que o funcionário vai esporadicamente ao escritório. A modalidade foi escolhida por 43,15% dos respondentes. O modelo presencial foi o menos votado, tendo recebido apenas 26,84% dos votos.
O levantamento ainda destacou os motivos que levam os trabalhadores a escolherem o trabalho remoto. A principal razão é a não necessidade de locomoção até o trabalho. A lista de motivos destacada foi:
- Não precisar se locomover até o trabalho (13,99%);
- Ter mais tempo para cuidar da família (11,76%);
- Ter tempo para outras atividades (11,76%);
- Flexibilizar o tempo de trabalho com atividades domésticas (10,39%);
- Ter mais foco e concentração (9,67%).
O estudo “Preferências do local de trabalho”, realizado de 29 de outubro a 7 de novembro de 2021, e atualizado por e-mail em novembro de 2022, contou com a participação de 11.601 candidatos da base de dados da Vagas.com. O objetivo da pesquisa é entender as preferências dos candidatos pelos modelos de trabalho disponíveis e os motivos pelos quais mais gostam desses formatos.
Trabalho com maior flexibilidade
Trabalhar à distância se popularizou de maneira nunca antes vista: 85% das empresas do país adotaram o modelo home office na pandemia. De lá pra cá, o trabalho remoto ganhou adeptos que não abrem mão da flexibilidade oferecida no modelo.
De acordo com o estudo Indeed & Glassdoor’s Hiring and Workplace Trends 2023, lançado pela empresa de recrutamento online Glassdoor, a flexibilidade no local de trabalho é o terceiro motivo mais citado por pessoas que procuram mudar de emprego.
Neste sentido, outros modos de vida, onde há o equilíbrio entre vida pessoas e profissional, experimentos e novos estilos de vida surgem como alternativas ao momento atual, como os nômades digitais: colaboradores que usam a tecnologia para atuar profissionalmente em qualquer lugar do mundo, viajando enquanto trabalham.
Segundo o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022, da empresa global especializada em migração Fragomen, o estilo de vida dos nômades digitais conta com mais de 35 milhões de adeptos no mundo. Estima-se, entretanto, que ele seja adotado por aproximadamente 1 bilhão de pessoas até 2035.
Com esse advento, evidencia-se também uma nova nomenclatura: o “anywhere office” (“trabalho em qualquer lugar” em inglês), em detrimento do home office (trabalho em casa). Para especialistas como Patrícia Travassos, da CNN Brasil, esse modelo tende a se consolidar ainda mais no futuro.
Atualmente, nômades digitais podem conseguir vistos específicos para esse modelo de trabalho em 23 países, incluindo o Brasil. Por aqui, é necessário que estrangeiros comprovem renda mínima de US$ 1,5 mil por mês ou tenham uma conta bancária com o equivalente a US$ 18 mil.
Segundo a Folha de S.Paulo, pelo menos 300 vistos já foram concedidos a nômades digitais no Brasil entre janeiro e novembro de 2022, com São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina liderando as solicitações de permanência.
O diretor de desenvolvimento de negócios da Golden Gate Global, Fernando Guerreiro, ressalta: “O perfil médio do nômade digital é o de um homem solteiro, branco, de 33 anos, com pelo menos um diploma universitário, que trabalha com softwares e ganha US$ 85 mil por ano. E que fica em média oito meses por ano fora de seu país de origem.”
Além disso, também são favorecidos pelo nomadismo os profissionais conectados ao meio digital, como designers, influenciadores digitais, especialistas em marketing e tecnologia da informação e outros.
Quatro dias de trabalho na semana
Para entender os benefícios da redução da jornada de trabalho semanal, primeiro é necessário entender seu conceito. A ideia, que nasceu com as mudanças que ocorreram durante a pandemia, gira em torno de uma semana de trabalho com um dia a menos, mas com o mesmo salário e os mesmos benefícios.
Segundo a 4 Day Week Global, fundação internacional sem fins lucrativos de pesquisas acerca do tema, funcionários expressam maior satisfação com sua própria produtividade e performance em uma jornada de trabalho de quatro dias por semana.
De acordo com a Euronews.next, a lista de países que já implementaram ou estão testando o modelo conta com Bélgica, Reino Unido, Escócia, País de Gales, Islândia, Suécia, Alemanha, Japão, Espanha, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá.
Além de favorecer o estilo de vida nômade digital, já que dá mais tempo aos funcionários para se deslocarem e aproveitarem diferentes países, a semana de quatro dias beneficia a saúde mental. Segundo o Owl Labs, um teste na Nova Zelândia resultou em funcionários com 27% menos estresse relacionado ao trabalho e 45% mais equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
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