Na manhã da última terça-feira (20), uma estudante do Centro Universitário Piaget, o UniPiaget, em Suzano, foi vítima de uma suposta importunação sexual em um banheiro da instituição de ensino.
Segundo a jovem de 24 anos, o agressor estava em uma das cabines disponíveis no banheiro feminino. A vítima percebeu que estava sendo fotografada no momento em que foi lavar as mãos no lavatório.
Após perceber que estava sendo fotografada, a estudante procurou ajuda de uma monitora e de seu professor, que viram o suspeito deixando o banheiro feminino em direção ao banheiro masculino. Em seguida, a vítima foi até a secretaria da unidade de ensino solicitar que os seguranças fossem até o local.
Os seguranças, ao chegarem ao banheiro, foram recepcionados pelo suspeito, que afirmou que estava com dor de barriga. Eles, por sua vez, pediram para ver o celular do suspeito e informaram à vítima que não havia nenhuma mídia no aparelho; por isso, o acompanharam à diretoria.
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Segundo a vítima, ela sentiu descaso por parte da instituição de ensino após relatar o caso.
“Eles não chamaram a polícia. Eu estava com a cabeça cheia, confusa, por isso liguei para o meu marido. Ele, sim, me orientou a ligar para a Polícia Militar”, relatou a mulher.
Equipes da Polícia Militar estiveram no local após a ligação da vítima e abordaram o indivíduo. Os policiais estranharam o fato de o aplicativo ‘WhatsApp’ não estar instalado no celular do suspeito, já que é um aplicativo comum.
Conforme o Boletim de Ocorrência (B.O.), o suspeito foi preso em flagrante e teve o celular apreendido para as investigações. Ele está à disposição da Justiça e aguarda audiência de custódia.
Segundo uma testemunha, também aluna da instituição, uma hora antes do ocorrido, ela também teria avistado o suspeito no banheiro feminino, mas, por medo e trauma, não denunciou.
“É uma sensação de impotência, não saber se ele vai continuar preso ou não, se vai estudar ainda na mesma instituição que eu. Ele me viu, sabe quem eu sou”, pontuou a vítima.
Em nota ao portal HojeDiario.com, a instituição de ensino se posicionou sobre o caso.
“O UniPiaget repudia qualquer tipo de ato atentatório à dignidade, privacidade ou que cause constrangimento a qualquer indivíduo. Atos e condutas de qualquer natureza discriminatória ou que causem constrangimento não são tolerados por nossa instituição, sendo que eventual conduta nesse sentido será apurada para adoção das medidas cabíveis, sempre priorizando a proteção e o acolhimento de toda a nossa comunidade acadêmica”, finalizou.