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Mogi das Cruzes recebe, nesta terça-feira (22), julgamento de Guarda Municipal acusado de tentativa de homicídio contra jovem, racismo e porte ilegal de arma

Nesta terça-feira (22), o Fórum de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes, recebe o julgamento de José Carlos de Oliveira, guarda municipal da cidade, acusado de tentativa de homicídio contra o jovem Pedro Azpilicueta, racismo e porte ilegal de arma. Os crimes ocorreram em novembro de 2022 e repercutiram nacionalmente.

O julgamento teve início por volta das 10h40 e foi pausado para o almoço, com retorno às 14h. No total, sete pessoas compõem o júri no tribunal. Até o fechamento desta reportagem, não havia resultados sobre as acusações.

Nas redes sociais, o advogado de Pedro, Ewerton Carvalho, comentou sobre o julgamento:
“Amanhã estarei como assistente de acusação e vamos lutar para que este criminoso permaneça preso e receba a maior pena possível! O autor do crime é o guarda municipal José Carlos de Oliveira, homem branco! A família de Pedro já fez vários boletins de ocorrência ao longo dos anos, denunciando os crimes por parte do vizinho racista. A polícia e a GCM de Mogi das Cruzes cruzaram os braços e não fizeram nada! Isso encorajou o racista ao ponto de ele acordar um dia pela manhã e atirar do nada em Azpilicueta! Os tiros acertaram a barriga e o rosto da vítima, que teve que passar por cirurgia de risco. Queremos justiça!”, finalizou.

Relembre o caso

Em novembro de 2022, câmeras de segurança registraram o guarda municipal José Carlos jogando cascas de banana em frente à casa da vítima, Pedro Azpilicueta, em um ato de racismo. Além disso, ele frequentemente insultava a família de Pedro com ofensas racistas e ameaças.
O crime ocorreu dias depois, na avenida Ricieri José Marcatto, no distrito de César de Sousa, em Mogi das Cruzes.

José Carlos, que era vizinho de Pedro, disparou três tiros contra ele, atingindo-o no rosto e nas costas, enquanto Pedro estava em sua casa. A briga teve início após José ameaçar a vítima com uma barra de ferro, levando Pedro a gravar a ocorrência.

Após os disparos, Pedro foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, em seguida, transferido para o Hospital Luzia de Pinho Melo, onde passou por cirurgia e retirou 80 centímetros do intestino. Ele recebeu alta uma semana depois e o guarda foi preso uma semana após o crime.