A jovem Estefanne Ferreira Thomazella, de 19 anos, natural de Mogi das Cruzes, é uma das grandes promessas do kickboxing brasileiro. Estudante de farmácia, ela também dá aulas de muay thai em uma academia da região. Apesar da pouca idade, Thomazella já tem uma carreira repleta de conquistas. Ela se destacou como campeã em diversas competições importantes, incluindo o SFT (Standout Fighting Tournament), um dos maiores torneios de MMA e kickboxing da América Latina.
Estefanne começou sua trajetória nas artes marciais ainda na adolescência. Aos 13 anos, em busca de sair do sedentarismo, deu início a uma nova jornada. “Foi uma questão de saúde, de buscar uma qualidade de vida melhor. Comecei na academia com o objetivo de perder peso e praticar um esporte diferente. Minha primeira aula de luta foi de boxe. Depois, migrei para o muay thai e, em seguida, para o kickboxing. Foi então que comecei a treinar no CT Clebão, onde faço toda minha preparação para competir”, contou em entrevista exclusiva ao portal HojeDiario.com.
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A jovem lutadora acumula um histórico impressionante: 20 lutas e apenas duas derrotas. Seu talento não passou despercebido pelos treinadores, que a incentivaram a competir. “Profissionalmente, tenho apenas três lutas no SFT. As demais são em outros eventos, como Super Fighters e Universo Fight, entre outros,” revelou Thomazella.
Estefanne fez sua estreia no SFT em 2024 e explicou como funciona o ranking da competição. “O ranking é baseado nas lutas e vitórias, além do desempenho dentro da competição. Para ingressar no SFT, por exemplo, você precisa ter um bom cartel, somar vitórias e participar de campeonatos reconhecidos. Dentro do evento, seu crescimento depende do desempenho na sua categoria”, afirmou.
Seu estilo agressivo é sua marca registrada, mas ela não esconde as dificuldades enfrentadas ao longo da carreira. “São muitos desafios diários, barreiras e dificuldades, mas também há muitas histórias boas e engraçadas. Tudo o que fazemos é por amor à luta. Um momento marcante para mim foi no Universo Fight. Eu já havia lutado contra uma adversária e vencido, mas nos encontramos novamente. No primeiro round, ela me deu um ‘amasso’ enorme. Meu mestre, que estava na plateia, gritou tão alto para que eu mudasse minha estratégia que parou o evento inteiro. No final, venci a luta,” contou, rindo.
A rotina de treinos próximos às competições é rigorosa. “Nossa rotina é muito dura e exigente. Temos treinos intensos e alimentação regrada, com muitas restrições antes das lutas. O mais difícil para um atleta é bater o peso na balança para lutar”, explicou.
Estefanne também destacou o apoio que recebe de sua família e equipe. “Não tenho palavras para descrever o apoio do meu mestre, professores, corners, colegas de treino e meus pais. Sou extremamente grata por tudo o que fizeram por mim desde o início. Sem eles, eu não teria chegado onde estou, porque nenhum atleta é campeão sozinho“, declarou a mogiana.
Olhando para o futuro, Estefanne já traçou metas ambiciosas. “Para 2025, espero muitas coisas. Estou bem focada, com várias metas e desafios que quero superar. Quero participar de outros campeonatos e eventos, continuar no SFT e crescer nesse campeonato, que é o maior da América Latina. Quero que meu nome se destaque cada vez mais, sempre com dedicação”, afirmou com confiança.