“O que fazer pela saúde mental agora e sempre?” Esse é o tema da Campanha “Janeiro Branco” 2025, que busca conscientizar a sociedade sobre a importância de cuidar da saúde mental e emocional. Criada em 2014 pelo psicólogo Leonardo Abrahão e oficializada como Lei Federal em 2023, a campanha propõe reflexões e ações para promover o bem-estar psicológico desde o início do ano.
Em entrevista ao portal Hoje Diário, a psicóloga suzanense e especialista em saúde mental, Juliana Figueiredo, destacou a relevância do tema.
“Janeiro é um momento de recomeço, ideal para refletirmos sobre nossas emoções e estabelecer metas saudáveis. A campanha incentiva a construção de relações mais equilibradas e o cuidado constante com nossa saúde mental”, citou.
O psicólogo mogiano e especialista em traumas psicológicos, André Santos, também contribuiu para a discussão.
“Há sempre uma dúvida do porquê janeiro; o primeiro mês do ano é sempre associado a recomeços, reflexões e novos projetos”, declarou.
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Juliana explicou ainda que o Janeiro Branco desconstrói mitos como o de que terapia é apenas para pessoas com transtornos graves ou que falar sobre sentimentos é sinal de fraqueza.
“Saúde mental é para todos. Precisamos combater o preconceito e encorajar as pessoas a buscar apoio profissional quando necessário”, afirmou.
A especialista ressaltou o impacto das emoções nas relações interpessoais e a importância da prevenção.
“Cuidar da saúde mental é essencial para construir relações mais saudáveis. Quando estamos bem emocionalmente, conseguimos lidar melhor com os desafios e contribuir para um ambiente mais harmonioso.
A terapia não deve ser procurada apenas em momentos de crise. Quanto antes cuidarmos do nosso emocional, maior será nossa capacidade de enfrentar dificuldades e promover equilíbrio em nossas vidas”, declarou Juliana.
Juliana também abordou sinais que podem indicar problemas emocionais, como alterações no sono, isolamento social e mudanças bruscas de humor.
“Se esses sintomas interferirem na rotina, é fundamental procurar ajuda profissional. O diálogo e a escuta empática são passos importantes para incentivar essa busca”, afirmou.
Em Mogi das Cruzes, André Santos enfatizou a importância do autocuidado.
“Iniciar o ano com foco na saúde mental é como dar o primeiro passo em uma jornada em um rumo mais leve, mais feliz e produtivo. Existem diversas razões para isso: novo ciclo, novas oportunidades, novos hábitos e a quebra de estigmas e tabus”, pontuou.
André reforçou que a saúde mental deve ser vista como uma prioridade contínua, independente da idade.
“Diversos grupos são mais vulneráveis a problemas de saúde mental. Essa vulnerabilidade pode ser agravada por fatores sociais, econômicos, culturais e históricos. Pessoas em situação de pobreza, por exemplo, enfrentam estresse, ansiedade e depressão, além de terem acesso limitado aos serviços de saúde mental. Entre os idosos, fatores como a perda de entes queridos e mudanças físicas podem levar a sentimentos de solidão. Para os jovens, a pressão social, mudanças hormonais e dificuldades escolares podem desencadear problemas. Mulheres enfrentam maiores taxas de depressão e ansiedade, principalmente durante a gravidez e no pós-parto. O grupo LGBTQIA+ sofre com discriminação, e deficientes enfrentam barreiras de acessibilidade. Vítimas de violência, doméstica ou sexual, também são extremamente vulneráveis”, explicou o psicólogo.
Ao fim da entrevista, Juliana deixou um conselho para quem deseja priorizar a saúde mental em 2025.
“Cultive relações saudáveis e cuide de si mesmo. Boas relações não são apenas agradáveis, são essenciais. Vamos construir um ano mais leve e harmonioso, com respeito e empatia”, finalizou.