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Pais e defensores da educação inclusiva protestam contra corte de professores auxiliares para alunos que necessitam de apoio escolar em Mogi das Cruzes e Suzano

Na manhã desta quarta-feira (22), professores e pais defensores da educação inclusiva realizaram manifestações em diversas cidades, incluindo Mogi das Cruzes e Suzano, para protestar contra a decisão do Governo do Estado de São Paulo de dispensar professores auxiliares que prestam apoio escolar a alunos que necessitam, como crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Em Mogi das Cruzes, a mobilização percorreu as principais vias da região central, com início no Largo do Rosário e dispersão na Diretoria de Ensino. Segundo os organizadores, o objetivo é pressionar as autoridades a revogar a medida e restabelecer o atendimento individualizado para os alunos inclusivos.
Uma professora, que preferiu não se identificar, destacou sua indignação.
“Queremos que o governo respeite os direitos dos alunos inclusivos, que revogue e mantenha os professores auxiliares com atendimento individual. Temos direito!”, afirmou.

A decisão de dispensa foi comunicada por mensagens e ligações telefônicas, segundo os educadores, o que gerou forte repercussão, não apenas entre os profissionais, mas também entre os pais, que temem prejuízos no desenvolvimento dos alunos com TEA.
Entre os cartazes das manifestações estavam frases como “Quando existe respeito, inclusão e ajuda, todas as peças se encaixam!” (em referência ao símbolo do TEA) e “Sem professores, a inclusão vira exclusão!”.

O portal HojeDiario.com recebeu uma nota da Secretaria Estadual de Educação sobre as manifestações desta quarta-feira (22).
“As Diretorias de Ensino de Suzano e Mogi das Cruzes receberam, nesta quarta-feira (22), pais, responsáveis e representantes sindicais para esclarecer as dúvidas relacionadas à Educação Especial. Em ambas as reuniões foi explicado que a mudança tem por objetivo aumentar a oferta de atendimento aos alunos, criando um ambiente de cuidado, inclusivo e favorável ao desenvolvimento pessoal e de aprendizagem de cada estudante.
Na prática, cada Profissional de Apoio Escolar para Atividades Escolares (PAE-AEs) assumirá o atendimento, conforme o grau de suporte do estudante. Os professores auxiliares não reconduzidos para a função da PAE-AEs poderão atribuir aulas, conforme cronograma e critérios estabelecidos pela Seduc para todo o corpo docente, na Diretoria de Ensino ou mesmo para atuarem como eventuais na rede.
Classificação
– Grau 1: Cada PAE-AE pode ficar responsável por até cinco estudantes com grau de suporte nível 1. Neste caso, os alunos podem estar, inclusive, em turmas separadas.
– Grau 2: Cada PAE-AE pode atender até, no máximo, três estudantes com grau de suporte nível 2, todos na mesma sala. Se a classe também tiver alunos com grau nível 1, o PAE-AE pode apoiar os três alunos nível 2 e até dois alunos nível 1, totalizando cinco estudantes por profissional.
– Grau 3: No caso de estudantes com nível de suporte 3, cada PAE-AE pode atender um ou no máximo dois alunos”, finalizou.

Foto: HojeDiario.com
Foto: HojeDiario.com
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