Aline Almeida, de 31 anos, moradora de Suzano, enfrentou uma verdadeira batalha durante a gestação de sua segunda filha, Lunna.
Diagnosticada com trombose venosa profunda (TVP) em sua gravidez anterior, ela precisava do medicamento Enoxaparina para evitar complicações graves. No entanto, seu pedido foi negado diversas vezes pela Farmácia de Alto Custo de Mogi das Cruzes, vinculada ao Governo do Estado.
Há um mês, o portal Hoje Diário divulgou sua história e, graças à repercussão, Aline conseguiu os medicamentos por meio de doações dos leitores do site, além de parte do enxoval da bebê.
Na última quarta-feira (05), às 15h43, a pequena Lunna nasceu saudável, medindo 48 centímetros e pesando 3,420 quilos. Mãe e filha passam bem.
O momento trouxe alívio e felicidade para a família, mas a experiência vivida por Aline reforça a necessidade de conscientização sobre a garantia de direitos, para que outras mães não enfrentem a mesma dificuldade.
“Eu não imaginava que essa reportagem teria tanta repercussão. Graças a Deus, a população me ajudou. Quem podia, doou! Eu realmente me senti acolhida pelas pessoas, pois estava vivendo um dilema: ‘Vou ter minha filha, mas não sei se vou sair viva’. Com a matéria, muitos ajudaram, até contribuíram com o restante do enxoval da Lunna. Fiquei muito feliz e não sei nem como agradecer a quem se solidarizou!”, relatou.
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Apesar da alegria pelo nascimento da filha, Aline não esconde a indignação em relação ao governo do estado, que não forneceu o auxílio necessário durante sua gestação.
“Eu fico triste. Pago imposto em diversas coisas. O medicamento era um direito meu, e a Farmácia de Alto Custo deveria ter me auxiliado, mas não fez”, declarou.
Ela também relatou como foram os últimos meses de gestação, já com o diagnóstico, um período que trouxe transtornos emocionais.
“A preocupação e a ansiedade afetaram meu dia a dia, minha vida. Todos os dias, ao acordar, eu agradecia a Deus pela oportunidade de estar viva, pois a trombose é muito imprevisível. Além disso, sou mãe de um menino com Transtorno do Espectro Autista, e isso me gerava ainda mais preocupações, pois precisava cuidar dele, de mim e da gravidez. Cheguei a um ponto em que não tinha mais forças para sair da cama”, revelou Aline.
Agora, com Lunna nos braços, Aline deixa um recado para mães que enfrentam dificuldades semelhantes.
“Não sejam silenciadas! Vão a público, denunciem as injustiças! O risco de uma trombofilia é gigantesco! Por isso, busquem ajuda, procurem a mídia”, alertou.
Por fim, Aline reforçou seus agradecimentos.
“Eu quero agradecer muito ao portal HojeDiario.com! Tive a Lunna na Santa Casa de Suzano [Hospital e Maternidade de Suzano], onde recebi todo o suporte no pré, durante e pós-parto”, concluiu.