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Caso Rafaela Martins: família de engenheira suzanense morta em 2024 cria associação para vítimas de acidentes de trabalho na Petrobras

A família de Rafaela Martins, engenheira suzanense de 27 anos que morreu após ser atropelada por um rolo compressor enquanto trabalhava para a Petrobras no ano passado, está se mobilizando para a criação da Associação Nacional dos Familiares de Vítimas de Acidentes de Trabalho na Petrobras (Anfapetro).
A fundação da associação ocorreu no início da tarde desta terça-feira (18), em Suzano. A iniciativa conta com o apoio do advogado Rafael Medeiros, especialista em acidentes de trabalho e ações indenizatórias, que representa a família no caso.

De acordo com a assessoria de Medeiros, o objetivo é exigir mais segurança para os trabalhadores do setor e cobrar transparência nas investigações de acidentes.

O acidente ocorreu em outubro de 2024, em Macaé, no estado do Rio de Janeiro, quando Rafaela atuava como funcionária terceirizada da empresa MJ2, prestando serviço à Petrobras. O caso chamou a atenção para falhas na segurança do trabalho e expôs uma série de acidentes fatais no setor.

Ao portal Hoje Diário, Medeiros falou sobre a iniciativa.
“Nos últimos quatro meses, houve quatro acidentes fatais dentro da empresa, o que é inédito. Isso indica uma afronta às normas de segurança e falhas generalizadas, tanto da Petrobras quanto na fiscalização de contratos com terceirizadas. Por isso, os familiares dessas vítimas decidiram se unir para cobrar da empresa e das autoridades mais transparência nas investigações e mudanças urgentes na política de segurança”, disse.

Na época, a Petrobras emitiu uma nota lamentando o ocorrido e informou que Rafaela era funcionária da empresa MJ2, que presta serviços para a estatal. Na nota, a estatal declarou que deu assistência à família da vítima e que, na ocasião, uma comissão seria formada para investigar as causas do acidente.
A empresa também informou que os órgãos competentes foram notificados.

Na cidade, Rafaela foi estudante da Escola Estadual Professora Luiza Hidaka e do Colégio Cetés, antes de cursar engenharia na Universidade de Mogi das Cruzes. Sua família é proprietária do hortifrúti Fazenda Martins, a “Fazendinha”, estabelecimento localizado na região do bairro Vila Maluf.