A Câmara de Vereadores de Mogi das Cruzes confirmou, nesta quarta-feira (21), a demissão de três profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), envolvidos no atendimento ao motociclista Manoel Ferreira da Silva Neto, de 33 anos. O caso ocorreu em 10 de maio, no distrito de Braz Cubas. A vítima foi socorrida após um acidente de trânsito e, horas depois, foi encontrada morta em uma área diferente daquela onde a colisão aconteceu.
A decisão foi anunciada pela Comissão Permanente de Saúde, Bem-Estar Animal e Zoonoses, após uma reunião fechada com Reinaldo de Almeida do Nascimento, presidente do Consórcio Regional do SAMU (CRESAMU) e representante do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). Participaram do encontro os vereadores Otto Rezende, Priscila Yamagami e Rodrigo Romão, membros da comissão.
De acordo com Rodrigo Romão, o atendimento prestado apresentou diversas falhas. Uma das principais foi o envio de uma unidade básica, quando o protocolo determinava o deslocamento de uma unidade avançada, por se tratar de um caso de trauma. O vereador destacou ainda que outros erros foram identificados ao longo do socorro.
A reunião foi restrita, sem a participação da imprensa, mesmo com a boa presença de veículos de comunicação na Câmara, incluindo o portal Hoje Diário.
Manoel, que trabalhava como montador de móveis, foi encontrado morto em uma área do distrito de Braz Cubas conhecida pelo uso de entorpecentes, a 3 km do local do acidente. A esposa da vítima, Nicole Santos Paião, de 28 anos, acusa os profissionais do SAMU de negligência e suspeita que a morte possa ter sido resultado de homicídio.
A Polícia Civil investiga o caso como possível omissão de socorro.
