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Mães de Suzano denunciam escola estadual por supostos maus-tratos contra alunos e falta de acessibilidade

O portal Hoje Diário foi procurado por diversas mães de alunos da Escola Estadual José Camilo de Andrade, localizada no bairro Jardim Brasil, em Suzano. As denúncias envolvem uma série de acusações contra a direção da unidade escolar, incluindo supostos maus-tratos, falta de acessibilidade, opressão a professores e alunos, além da negação de direitos básicos a estudantes com deficiência.
O caso mais grave relatado é o da pequena Heloísa Vitória do Carmo Rodrigues, aluna cadeirante portadora de paralisia cerebral. A mãe da estudante, Paloma Christina Soares do Carmo, afirma que sua filha tem enfrentado situações humilhantes e desumanas na escola.

“Minha filha precisa de uma cuidadora para beber água, ser trocada e se locomover, mas a direção não permite a entrada da profissional para acompanhá-la”, relatou, visivelmente emocionada.

Além disso, Paloma denuncia que a unidade nega o cumprimento de uma liminar judicial que autoriza a construção de uma rampa de acesso para cadeirantes.
“Já saímos na mídia, estivemos com o vereador André Dourado, e mesmo assim a diretora ignora uma decisão judicial”, destacou.

Segundo Paloma, há uma conduta discriminatória recorrente contra alunos com deficiência. Ela revela que já ouviu da própria diretora falas como, “Não sei o que uma criança deficiente está fazendo aqui” e “Se fosse meu filho, não mandaria para a escola”.
Ainda de acordo com o relato, ex-funcionárias da escola, não identificadas, confirmam o comportamento inadequado.
“Tenho áudios e mensagens de uma ex-cuidadora e uma ex-professora que se demitiu porque não suportava mais a maneira como as crianças deficientes eram tratadas”, contou.

Além dela, outras mães também procuraram a reportagem para relatar situações semelhantes, como falta de infraestrutura adequada, como rampas e banheiros acessíveis, e a proibição de que os alunos levem alimentos especiais, mesmo com prescrição médica. A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), que respondeu em nota as denúncias.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) reafirma seu compromisso com políticas públicas inclusivas e informa que dois supervisores da Unidade Regional de Ensino (URE) de Suzano irão à escola para apurar as denúncias. A aluna citada é acompanhada integralmente por um Profissional de Apoio Escolar – Vida Diária (PAE-AVD), responsável por auxiliar na alimentação, locomoção e higiene.
Ela se alimenta regularmente com a merenda oferecida e não há registro de solicitação de dieta especial prescrita por médico. O outro estudante mencionado conta com professora domiciliar e PAE-AVD, assegurando a continuidade da aprendizagem.
A unidade dispõe de rampas, banheiro acessível e atividades de educação física inclusivas. Por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), está em andamento o levantamento topográfico para subsidiar o futuro projeto de acessibilidade da quadra. A escola desenvolve ações ligadas ao Projeto de Vida e à valorização da diversidade e, junto à URE de Suzano, permanece à disposição para esclarecimentos”,
finalizou.