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“Inclusão”, por Luci Bonini

Outro dia, li um artigo muito interessante e vou tentar resumi-lo aqui para meus leitores.
A argumentação principal era: A culpa por ser pobre e não ter estudado é totalmente sua!

O que o autor do texto, queria nos convencer é de que esta é a ideia que as pessoas tentam nos passar quando relatam histórias de pessoas que viviam na rua e se tornaram milionárias e de ex-viciados que saíram da droga e se transformaram em gênios da psicanálise.

É como se fosse fácil assim, sair da pobreza, ou ainda da miséria, única e exclusivamente, por força da sua inabalável vontade. É a mesma coisa que acreditar que um dia, simplesmente estas pessoas acordaram e falaram, eu vou vencer.

Claro que algumas histórias, muito poucas, são verdadeiras, mas tenha a certeza, de que há muitas pessoas que proporcionam diversas oportunidades para que muitos saiam do estado lastimável em que se encontram.

Há pastorais, grupos de trabalho e outras forças-tarefa em diferentes religiões, organizações não governamentais e iniciativas do Estado também, mas muito pouco elas conseguem, basta olharmos ao nosso redor e buscar dados estatísticos sobre crianças e adolescentes que deixaram o vício das drogas, crianças e jovens que foram abandonadas pelos seus pais e viraram médicos ou professores, apenados que deixaram o presídio e se integraram normalmente como força de trabalho e pessoas com deficiência que viraram paratletas recordistas ou pesquisadores.

É muito fácil falar de inclusão, mas muito difícil de fazê-la. É fácil discursar contra o preconceito e a intolerância, mas muito difícil deixar de julgar as pessoas.

O Brasil já caminhou bastante desde que a Constituição Federal de 1988 foi promulgada, mas ainda há muito que caminhar.
Há que se educar as crianças dentro e fora da escola! Não se pode ser um bom aluno se não se é um bom filho! Não se pode esperar que uma criança tenha valores e ética se ela não teve o exemplo dos pais. A primeira coisa que se percebe numa criança, ainda pequena, é como ela valoriza as outras pessoas: uma criança trata os demais, exatamente como ela é tratada pelos pais ou responsáveis por ela.

Assim também, a forma como um homem trata sua mulher deixa muito claro que tipo de crenças ele tem sobre o gênero feminino!
Para muitas coisas não há lei que tenha poder sobre os seres humanos, se a sociedade, como um todo, não exigir de todos que sejam mais humanos e mais tolerantes não saberemos dar a mão para que as histórias de sucesso realmente aconteçam entre nós.

(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)