E-LIXO é um nome popular e informal para produtos eletrônicos que estão chegando ao fim de sua “vida útil”. Computadores, televisores, videocassetes, aparelhos de som, copiadoras e aparelhos de fax são produtos eletrônicos comuns. Muitos desses produtos podem ser reutilizados, recondicionados ou reciclados.
Vamos ver aqui, dois pontos a se pensar: i) saúde da população afetada pelo descarte do lixo eletrônico e ii) crimes cibernéticos que ocorrem devido a má utilização das informações pessoais contidas em discos rígidos que vão para o lixo.
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O primeiro é talvez o mais grave, uma vez que a maioria dos países que recebem lixo eletrônico não têm instalações para tratá-lo corretamente. Isso causa a exposição de milhares de pessoas a gases tóxicos e metais pesados durante suas atividades de trabalho.
Atualmente, Gana na África, é um dos países mais afetados pelo e-lixo. O lixo eletrônico é um fardo para os países pobres, pois acaba sendo um meio de vida para as famílias. Pessoas que trabalham desmontando o lixo eletrônico são contaminadas com os metais pesados e as fumaças advindas da queima dos plásticos e a estimativa de vida dessas pessoas é de 30 anos.
Duas razões são apontadas como a origem deste problema: a transferência ilegal e a “doação de computadores” com poucas possibilidades de utilização viável. Claro está que esse tipo de prática está promovendo a miséria, a pobreza e a doença.
O segundo grande problema relacionado à exportação de lixo eletrônico são os crimes cibernéticos. Nem sempre as pessoas formatam seus HDs de computadores e celulares quando os enviam para o lixo. Mesmo as empresas garantindo que é seguro, nem sempre isso acontece. Já houve tentativas de fraude bancária e extorsão de um congressista americano, o que trouxe esta discussão à tona.
Na verdade, talvez essa seja uma maneira de os cidadãos ocidentais se preocuparem com a vida de milhões de pessoas na Ásia e na África, a questão torna-se impactante quando é seu dinheiro e sua privacidade que estão em jogo.
Uma possível solução para esta questão pode estar na conscientização dos consumidores sobre o destino dos aparelhos eletrônicos e suas consequências.
Esses consumidores podem pressionar os produtores para lidar com o problema de forma mais incisiva e pedir produtos mais duráveis ou ainda aplicando o princípio da responsabilidade do produtor, a fim de proporcionar condições seguras de trabalho, ou ainda, observar fim dado por empresas de reciclagem de resíduos, supervisionando os “computadores doados”.
Consequências da obsolescência programada…