A Prefeitura de Amparo, cidade do interior de São Paulo, decretou que a partir desta sexta-feira (07) todos os bares e restaurantes de suas cidades fechem às 22 horas para conter o avanço do coronavírus (Covid-19) no município. Além disso, após as 23 horas, o consumo de bebidas alcoólicas e a concentração de pessoas em vias públicas estão proibidos igualmente. A decisão veio após a cidade registrar uma média de novos casos da doença, 59 vezes maior do que a do a mês passado.
Atualmente, Amparo tem uma população de 72 mil habitantes. Segundo a Prefeitura, em dezembro eram registrados dois casos de covid-19 por dia. Já na primeira semana de janeiro, esse número passou para 118. Com isso, o município se tornou primeiro do estado a adotar novas medidas restritivas em 2022.
O decreto proíbe que bares, restaurantes e lanchonetes permaneçam abertos ou realizem qualquer atendimento presencial após às 22 horas, dando uma hora de tolerância em para concluir atendimentos. Retirada de alimentos no local também está proibida, sendo permitido apenas pedidos no delivery. Após as 23 horas, o consumo de bebidas alcoólicas, reuniões e concentração de pessoas em vias públicas estão proibidos, assim como em parques, praças e em frente a estabelecimentos comerciais. Nesses casos, quem for flagrado pela Polícia poderá receber uma multa de R$ 1,5 mil, e o fornecedor da bebida poderá pagar R$ 3 mil.
O prefeito da cidade, Carlos Alberto Martins (MDB), disse que as medidas foram necessárias uma vez que a cidade passa pelo pior momento da pandemia, em questão de contágio. “Passamos dias e dias sem ter nenhum contaminado, muito tempo sem ter óbitos. UTIs e enfermarias estavam praticamente vazias. [Agora] estamos em uma situação muito pior, em matéria de contágio, do que do pior momento da pandemia do ano passado, em maio, quando fomos obrigados a decretar o lockdown”, disse.
Martins, que também está com Covid-8, disse que as restrições têm a intenção de “dar uma controlada, chamar atenção da população para que tenha consciência que agora a situação é difícil, porque o contágio dessa ômicron está muito rápido”. Segundo ele, 80% dos que estão internados não estão vacinados contra o coronavírus.
O prefeito terminou dizendo que se a situação piorar na cidade, com certeza a Prefeitura toamara medidas mais drásticas. “Agora, Deus que nos livre disso, mas, se começar a aumentar o número de pessoas internadas, e chegar a 75%, 80% a ocupação dos leitos de UTI, aí certamente as medidas serão mais rígidas”, finalizou.
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