A Associação Médica Brasileira (AMB) publicou um alerta, nesta segunda-feira (09), a respeito da liberação e comercialização dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes. A Associação se mostrou totalmente contra a liberação do aparelho e destacou ser necessária uma maior fiscalização do uso, principalmente entre os jovens.
“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) está na fase final de elaboração de seu posicionamento quanto à liberação do uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) e, neste oportuno momento, ciente da forte pressão da indústria do tabaco, a Associação Médica Brasileira (AMB), […], bem como as demais entidades signatárias deste documento, posicionam-se veemente contra a liberação da comercialização, importação e propagandas de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar”, declarou em nota.
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O uso, comercialização e a propaganda de cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil, segundo a Resolução do Ministério da Saúde de 2009. Junto de outras associações como a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, a AMB se posicionou pela manutenção dessa decisão, por considerar o vape uma ameaça à saúde pública, pelo seu perigo já comprovado devido às substâncias químicas, cancerígenas e efeito viciante.
As entidades também temem que a liberação do aparelho permita que o número de fumantes aumente no país, já que seus sabores e aromas diferentes atraem diversos jovens. A AMB citou a Pesquisa Nacional de Saúde do Escola (PeNSE), feita em 2019, que entrevistou alunos do 7º ano do fundamental II a alunos do 3º ano do Ensino Médio. O levantamento constatou que 23,6% dos alunos de rede pública, e 24,3% da rede privada, jovens entre 13 a 17 anos, já experimentaram algum cigarro eletrônico.
“Apresentados como ‘saudáveis’, os DEFs seriam a ‘solução tecnológica’ para o anseio de uma importante fração de tabagistas: a ideia de poder fumar sem culpa, já que o produto se trataria apenas de ‘vapor de água’ e não conteria substâncias tóxicas e perigosas. Entretanto, não é essa a realidade sobre os dispositivos”, diz o pronunciamento da AMB.
As entidades que assinam o documento ainda diz que uma liberação do vape seria retroceder décadas de esforço político para o controle do tabaco no Brasil, e o que é necessário é uma fiscalização firme no país.
Entre as associações que assinaram o pronunciamento está a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre outras.
A íntegra do documento está disponível no seguinte link: https://amb.org.br/noticias/posicionamento-sobre-os-dispositivos-eletronicos-para-fumar-defs/.
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