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“Eu não gosto de Igreja!”, por Padre Claudio Taciano

Quem nunca ouviu algo parecido com o título deste artigo. A indiferença, a ironia ou até uma severa hostilidade em relação a quem vai à Igreja, é notória. Quando um jovem fala aos seus amigos que vai à Missa, sofre um certo bullying, uma pressão para que não vá mais. A geração atual é uma geração que, em sua maioria, já nasce longe da Igreja.

Evidentemente que ninguém é obrigado a ser membro de uma comunidade religiosa. Também ,em hipótese nenhuma, se pode concluir que fazer parte de uma religião, seja sinal de caráter ou da falta dele. As falas mais duras de Jesus se dirigiram aos religiosos. Talvez por já se julgarem salvos, santos, ou seja, melhores que os outros. Isso indica e ensina para os de boa fé que quem quer seguir Jesus deve assumir, antes de tudo, a própria fraqueza e despojar-se de toda e qualquer soberba.

Jesus sendo Deus assumiu a condição de servo para nos ensinar o caminho. Tudo que é valoroso custa e exige sacrifício. Não busquemos elogios, suportemos os desafios. Talvez a nossa soberba religiosa tenha e tem alimentado esta rixa e indiferença. Por isso que é tempo de aprender, ouvir e refletir.

Alguns ensinamentos vamos tentando tirar, do contexto religioso que vivemos: Primeiro, que religião e política não se misturam. Cada um deve ser livre para exercer sua cidadania, sua consciência, independentemente se a autoridade eclesial concorde ou não. Depois, a busca frenética de estabilidade econômica, não encontra no evangelho fundamento. Alguns dizem: depois que fui à Igreja fiquei milionário. Não!, isso é rasgar e manipular o ensinamento de Jesus. Se você está, economicamente mais estável, depois de participar da Igreja significa que você está conseguindo ser uma pessoa mais disciplinada e ativa. Cristo nos muda para melhor, desde que aceitemos.

Quando o evangelho entra em nosso coração, tornamo-nos mais humanos. A Palavra de Deus é sinônimo de força, sabedoria e restauração. Agora, se dependêssemos apenas de nós mesmos, o mundo já teria acabado. Deus age na medida que humildemente nos entregamos a ele e fraternalmente ajudamos uns aos outros. Deus nos abençoe e nos livre da tentação da soberba. Amém.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)