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“Humanizando para modernizar”, por Padre Cláudio Taciano

As desavenças são inevitáveis em qualquer ambiente e condição. Nem sempre compreendemos e nem sempre somos compreendidos.
Há quem ceda por reconhecer o próprio erro, há quem não ceda em hipótese alguma. O ser humano é um misto de encontro e desencontro, de união e separação.

Brigamos para sair e depois brigamos para voltar. O mundo virtual, está expressando nossa instabilidade humana, afetiva e social.
Mas também está deixando um rastro que indica e identifica bem nosso atual estágio individual e social. Penso que a sociedade atual, é mais tensa, ansiosa e individualista.

Carregamos, diariamente, microcomputadores (celulares) para nos conectamos aos outros. Por necessidade e/ou costume buscamos todos e também fugimos de muitos. Queremos falar, queremos ser ouvidos, mas a distância.
Vivemos na individualidade esperando resultados coletivos. A agilidade tecnológica, faz acharmos que tudo pode ser resolvido rapidamente.

Que a presença pode ser ausência. Mas quando nos deparamos com a realidade nua e crua, somos obrigados a esperar e a nos adequar.
Aí as tensões aumentam, a ansiedade irrompe e os anseios e as necessidades individuais gritam por ajuda. Precisamos reaprender a conviver, a esperar e a silenciar.

Essas inclinações e disposições são necessárias, possíveis e urgentes. O que adianta correr sem rumo, falar sem saber ouvir e querer ser compreendido sem compreender.
O movimento e a aprendizagem humana não são céleres. Não adianta querermos acelerar a natureza, movimentar artificialmente os rios.

Nada substitui o que cada um de nós é. Podemos mudar muita coisa, mas não tudo.
Queremos um mundo perfeito, segundo a nossa inteligência e vontade, mas povoado de pessoas enfermas e perdidas.

A conexão virtual não substitui a palavra e a presença. Estamos desaprendendo a conviver.
A modernidade futura terá características de sociedade passada. O ser humano é a maior “máquina” que existe.
Mudar o mundo sem levar em consideração o aperfeiçoamento humano, é tempo perdido. É construir palácios que irão se transformar em ruínas.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)